Na semana
do direito, foi apresentada uma palestra, a qual tratou sobre os desafios para
a permanência da Lei de Cotas no Brasil. A questão a ser analisada, será a
importância das cotas étnico-raciais para o avanço do conhecimento da ciência
moderna.
A ciência
moderna surge como um conhecimento que deveria ser guiado pela experiência e pela
razão, evitando as respostas consideradas costumes pela sociedade. René Descartes
e Francis Bacon, se preocupavam muito com o avanço do conhecimento, pois, para
eles, o assenso que doutrinas escolásticas recebiam, sem sofrer nenhum questionamento,
regredia a busca do conhecimento. Dessa forma, para o debate sobre as cotas no
Brasil, deve-se levantar o seguinte questionamento: “Por que pessoas negras
merecem receber cotas atualmente?”.
O
saber está ligado diretamente com a situação global da civilização; a partir da
restauração (busca do saber), o indivíduo, para Bacon e Descartes, torna-se o “senhor
da natureza”, e isto acarretaria mudanças na vida prática, uma vez que a
população deixaria de lado o senso comum e passaria a controlar e compreender
os “segredos” da sociedade em que vive, convertendo o conhecimento em algo
útil e proveitoso para a vida. Sendo assim, como resposta para a pergunta
representada anteriormente, é necessário que a sociedade brasileira busque
conhecer a fundo a história das pessoas afro-brasileiras, estudar sobre a
escravidão e a exploração, e entender que elas acentuaram as questões de desigualdade
social no Brasil, fundamentando uma sociedade onde o racismo ainda é um
problema estrutural que marginaliza um grande número de pessoas.
Destarte,
uma relação comum para Bacon e Descartes era a importância do conhecimento para
garantir o progresso da vida humana. A vida é algo que deve ser levado a sério,
sem que exista superioridade de uma vida em relação a outra e, portanto, o
sistema de cotas não vem para beneficiar os cotistas e sim para igualizar.
Matheus
Vinícius dos Santos Serafin - Matutino
Nenhum comentário:
Postar um comentário