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segunda-feira, 1 de abril de 2024

A (In)segurança pública.

Para o filósofo Émile Durkheim, o castigo é sobretudo destinado a atuar sobre às pessoas honestas para curar as feridas causadas pelos sentimentos coletivos, o que não passa de um revide particular do indivíduo. Na sociedade brasileira, esse pensamento é verídico devido às últimas notícias sobre a baixada santista no litoral de São Paulo.

A denominada “Operação escudo/Operação Verão” é uma resposta ao assassinato de policiais militares mortos em confronto no Guarujá, a operação se intensificou após um PM da Rota ser atingido com um tiro no olho e, infelizmente, vir a óbito. Após o ocorrido, dezenas de pessoas foram mortas pela polícia e os familiares das vítimas são intimidados nos velórios e encontram suas casas reviradas, um claro sinal de ameaça à possíveis testemunhas.

O ponto é que a revolta causada pela morte dos policiais militares cria uma sede de vingança na população e na corporação, e por sua vez, as pessoas honestas que moram na comunidade acabam sofrendo a repressão. De fato, o problema é social, já que a raiz do problema está no tráfico de drogas nas periferias da cidade e a resposta desproporcional da polícia. Além disso, em um dos assassinatos de PM efetuado por traficantes a bala era de um calibre de uso exclusivo  das forças de segurança pública brasileira, o que significa que a arma e a bala do crime saíram de dentro da polícia, evidenciando a presença de milícias no fornecimento de armamento para o crime organizado.

Em suma, esse embate promovido pelo governo de São Paulo só escancara a motivação pessoal na segurança pública. Uma vez que, motivados pela vingança de um dos seus, os confrontos se tornam frequentes e os moradores locais vivem no meio desse conflito armado.

Letícia Da Silva Bueno | 1° Direito Matutino

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