As ideias inicialmente proclamadas durante as revoluções de 1789 e 1830 não se desenvolveram como queriam seus pensadores por uma série de motivos. De um ponto de vista simplório, o homem seria incapaz de praticar a verdadeira fraternidade e liderar uma sociedade positiva por ser frequentemente perturbado por suas vontades primitivas de egoísmo, soberba e vaidade, indo contra os conceitos positivistas defendidos por Comte, deles, dois exemplos são simbolicamente estampados na bandeira brasileira: ordem e progresso.
A razão humana se tornou embaçada com o desenvolvimento da sociedade, o caos e o fanatismo não permitem o pensamento lógico e atrasam o desenvolvimento da mente. De certo, muito se conquistou com o desenvolvimento da religião, contudo, não se faz justificável o seu uso durante o raciocínio positivo, uma vez que esse será material.
O pensamento positivista busca levar o homem à seu maior estado de consciência, e para tal, exige do indivíduo disciplina e paciência que não é facilmente conquistada no atual estado da sociedade. O ritmo frenético do capitalismo contemporâneo leva o homem a se perder no seu dia-a-dia, sem tempo para refletir sobre a verdade do pensamento ou sobre o andamento da sociedade, e se o faz de maneira idealista e revolucionária, muitas vezes se vê preso em um sistema que foi há muitos anos consolidado para que possa rapidamente se derrubar.
Pede-se controle, ordem, uma análise precisa e positiva dos fatos, e apenas a prática ao longo das gerações, com uma constante redefinição das normas será possível alcançar o positivismo defendido por Comte.
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