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segunda-feira, 25 de abril de 2022

Positivismo como limitador social

        A corrente filosófica positivista iniciou-se no século XVIII, mesmo período da ascensão de inúmeras revoluções, em destaque a Revolução Industrial. Tal movimento ocasionou um intenso êxodo rural para as cidades, levando ao agrupamentos de famílias - que até então estavam acostumadas a viver no campo, cultivando apenas para subsistência e convivendo somente com os parentes - em um território delimitado pelas indústrias, tendo de trabalhar e conviver em conjunto com suas divergências de crenças, criação e costumes.

Em virtude de tais diversidades, foi-se necessário a criação de uma lógica a fim de manter esta nova sociedade em ordem em prol do convívio social, desse modo August Comte instaurou o Positivismo. Corrente da qual tinha como objetivo organizar toda coletividade através dos princípios científicos, ou seja, usando a razão e o empirismo, com intuito de concretizar a ordem e o progresso do organismo social.   Mantendo esses novos cidadãos e trabalhadores padronizados para as fábricas e para a coabitação, a partir de dogmas e papéis representativos na sociedade. 

Primordialmente, as atribuições surgiram como meio de padronizar situações e pessoas, ocasionando a repetição de determinado comportamento e pensamento até que os mesmos se tornem uma norma a ser seguida socialmente, ao mesmo tempo que condiciona a comunidade excluir os que fogem desse conceito. Como exemplificação dos papéis sociais pode-se citar o ambiente de trabalho (do século XVIII e dos dias contemporâneos), onde há uma divisão e hierarquização explícita e um comportamento esperado do proletariado, que será refletido em seu cargo. Não deixando espaço para indagações e revoluções. 

Em suma, o positivismo surge como um meio de criar uma base para o convívio em sociedade, onde apesar das diferenças de criação, crenças e hábitos; Todos mantenham uma mesma linha de raciocínio e transferência de ideais para seus descendentes, não possibilitando grandes divergências no coletivo e evitando grandes revoltas, suscitando uma sociedade conservadorista, com receio da mudança. 


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