O positivismo sendo mais capaz que o conceito teológico-metafísico para organizar a sociedade e sistematizar, não só essa, mas também a moral, e, além disso, com essa corrente sendo o último estágio do desenvolvimento do conhecimento, isto é, passando pelo teológico e metafísico, constata-se , assim, imperante sua função no método operante social. Assim, este texto visa apresentar duas questões acerca das bases positivistas.
Em primeiro lugar, levando em consideração que o positivismo preza pela caracterização da ciência como ferramenta única e exclusiva para atingir o conhecimento e, ainda mais, que todo o somatórios dos conhecimentos científicos prévios seja realizado, é apresentado uma questão fundamental e principalmente de embate filosófico, ou seja, se a ciência é renovada todos os anos e não fica estagnada ou dependente do tempo ( atemporal ), aqueles conhecimentos anteriores tidos como científicos não mais representam a ciência elaborada atualmente, pois já não a são. Logo, se estes não são mais a verdadeira ciência ou a que é conceituada no tempo atual, então eles não seriam conhecimentos verídicos e, portanto, não poderiam ser utilizados para a fundamentação das posteriores.
Em segundo lugar , outro princípio construtor da corrente positivista, principalmente pela visão de Francis Bacon, é a de que o mundo exterior ao indivíduo turva seu conhecimento e também que a contemplação não deve ser método válido para formar o que é verídico, porém a forma primordial que levou à construção da ciência , desde a história humana, é exatamente o olhar atento ao mundo que cerca o ser humano. A exemplo do acima exposto, a formulação de Newton sobre a gravidade. Assim, como seria possível fundar a ciência completa sem sequer observar aquilo que é demonstrado ao ser de forma natural?
Pedro Pucci Focaccia - Direito Noturno - 1 ano
Nenhum comentário:
Postar um comentário