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segunda-feira, 25 de abril de 2022

Positivismo perpassando diferentes períodos históricos

            A escola Positivista nasceu no início do século XIX, com fortes influencias de Auguste Comte que pregava o desenvolvimento de uma teoria social e filosófica de desenvolvimento constante da sociedade. Dessa maneira, para o autor, o positivismo abrangia os campos da política e da ciência, defendendo que tal teoria formulava um meio para que se atingisse o aprimoramento da sociedade civil. Para tanto, a ordenação e o avanço das ciências experimentais seriam indispensáveis para o desenvolvimento social da humanidade. Diante dessa necessidade de análise visceral da sociedade, Comte criará o desenvolvimento de uma nova ciência para o estudo da sociedade e que serviria como ferramenta para o positivismo: a Sociologia. 

           Tal método, a grosso modo, consiste na observação cientifica dos fenômenos socias, a saber, trata-se da aplicação do método cientifico sob a ótica da sociologia. Além disso, opõe-se ao racionalismo e ao idealismo, por meio da valorização, essencialmente, da experiência sensível, única capaz de produzir dados concretos (positivos) a verdadeira ciência (na concepção positivista), sem qualquer atributo que poderia atrapalhar na investigação da verdade. Atributos estes que poderiam ser teológicos, metafísicos ou mesmo inclinações pessoais. Submete-se, então, a imaginação à observação, tomando como base apenas o mundo físico ou material.  

            Ainda que o método tenha papel sine qua non no entendimento do Positivismo Comtiano, A ideia-chave, ou mesmo o princípio teleológico que norteia essa forma de análise é a Lei dos três estados, a qual o entendimento humano está em processo de formação e no futuro, formar-se-á por completo passando por três estágios em suas concepções, isto é, na forma de conceber as suas ideias e a realidade.  

São eles: o Teológico que o ser humano explica a realidade por meio de entidades supranaturais, buscando responder a questões de natureza absoluta por meio de explicações não racionais. Já o metafísico: é uma espécie de meio-termo entre a teologia e a positividade.  Em vez de Deuses, criam-se entes abstratos para explicar a realidade “O povo” “a política” “bons costumes”. A universalidade ainda é preponderante do que a explicação racional e metódica das coisas. Já o terceiro estágio, o positivo é a etapa final e definitiva, não se busca mais a causa das coisas, mas sim a maneira de como elas se fazem presentes, por meio da descoberta e do estudo das leis naturais, ou seja, relações constantes de sucessão ou de coexistência. Assim, a imaginação submete-se a analise concreta da realidade, limitando-se tão somente ao observável e palpável  

            Nesse sentido, podemos presumir o quão influente foi esse autor (e ainda é!) não somente na Europa, mas nas relações históricas brasileiras, tal como no ideal da República Brasileira e na sua futura efetivação, como também na formação da bandeira nacional. Outrossim, no âmbito do direito, faz-se presente a influência de Comte. Pois, este, versa sobre a ideia de ordenamento da sociedade e, o meio pelo qual se fará tal ordenamento será por meio das leis, normas e tratados. Ou seja, por meio do direito, ordenar-se-á a sociedade. Sob essa lógica, entende-se que o positivismo não somente influenciou o direito de outrora, mas perpassa até os dias atuais na formulação de leis, tornando-o atemporal e, por conseguinte, afetando diretamente a vida da sociedade. 


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