A transformação no método de se enxergar e entender uma sociedade
Por muito tempo, o que constituía o pensamento humano, o que movia a sociedade, o que trazia conforto sobre a realidade, estava enraizado em conhecimentos desenvolvidos sem perspectiva cientifica, mas aquilo que se aprendia vivendo, conhecimentos que contribuíam para a construção de um pensamento social.
Mitologia, deuses que traziam consigo o poder de controlar a natureza, de determinar as características de determinados seres. Religiões que traziam consigo suas noções de certo e errado, de como viver, enxergar e sentir o mundo, do que deve ou não ser feito. Experiencias adquiridas a partir das relações entre seres humanos e natureza.
Tudo que não houvesse bases cientificas, todo o conhecimento acerca do mundo e de vivencias pessoas acabara de ser deixado de lado, o que é necessário para essa nova sociedade? Ir além, pensar além do individual, observar a sociedade a partir de uma única lupa, criar estereótipos e enquadrar tudo aquilo que conseguir, sem mudanças, sem superstições, o certo sobre o incerto, o progresso como consequência da ordem, a criação de uma moral que se sobrepõe ao indivíduo, que se torne universal, que o “eu” sempre, em qualquer hipótese, dê lugar ao coletivo, visando sempre a concretização da ordem, sacrificando desejos pessoais em prol do coletivo.
Consequentemente, um estado com olhar positivista focado em interesses coletivos, se torna incapaz de atuar contra as adversidades da realidade social, tornando a ordem e o progresso, meras idealizações de algo que se encontra cada vez mais longe de se tornar real.
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