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segunda-feira, 5 de julho de 2021

O Conhecimento Científico contra o Negacionismo

  Um dos principais problemas presentes no Brasil atualmente é o Negacionismo, fruto de uma histórica cultura nacional de valorização do Conhecimento do Senso comum e seu repasse as futuras gerações. Ademais, há de se destacar que tal corrente de pensamento se mantém tão viva na sociedade devido a facilidade de se adotar ideias que neguem um raciocínio complexo, mesmo não havendo solidez nessa argumentação negacionista que atrapalha o desenvolvimento nacional. 
  A principal problemática por detrás de um pensamento negacionista é que este não se usa do constante questionamento para a construção de um conceito. Segundo Descartes, o ser humano deve seguir um método científico racional para se libertar do obscurantismo e assim alcançar uma verdade. Tal processo deve, segundo ele, permear-se pela: criticidade no raciocínio, divisão do objeto de estudo em partes, estudá-lo de seu aspecto menos para o mais complexo e fazer revisões que evitem a omissão de fatos. Tal falta de uma metodologia científica se faz presente no Movimento Antivacina, cujos apoiadores não apresentam provas concretas do por que a vacina poderia ser prejudicial ao oragnismo humano e por que os laboratórios estariam criando um produto maligno para a humanidade. Essa falta de solidez no argumento antivacina deve-se a falta de autocrítica no processo de construção de sua ideologia, comportamento presente também no Movimento Terraplanista e Anti-Evolucionista.
   Outra problemática relacionada ao pensamento do Senso Comum e por conseguinte ao Negacionismo, é que tais discursos são fáceis de serem assimilados e passados aos outros. Francis Bacon, em sua obra Novum Organum, discute que a Antecipação da Mente é muito mais simples e prática que a Interpretação da Natureza, portanto o Senso Comum é predominante ao Conhecimento científico na Sociedade. Esta situação pode ser exemplificada por um pensamento equivocado, como a crença de que o Nordeste tem falta de água em todas as suas regiões. Áreas como a Zona da Mata e o Agreste não apresentam secas constantes, mas o brasileiro como meio de simplificar tal análise acaba generalizando. Quando o correto seria ele investigar e estudar a região para que assim ele estabelecesse uma noção verdadeira e experimentada da Área.
    Destarte, o Negacionismo (fruto do senso comum) são contrários a forma moderna de se construir o saber, através da análise, dedução, experimentação e conclusão. Estes passos são fundamentais para a constituição da verdade e para uma produção científica racional, cujos resultados melhorem a vida humana. 


Pedro Miguel Segalotti Rueda - Direito Primeiro Semestre Matutino

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