Bem dito pelo teólogo Paulo de Tarso, a ganância pelos bens monetários é a principal característica do sistema capitalista vigente, onde tudo o que se pensa e se faz é objetivando o lucro, não importa se para efetivá-lo seja necessário poluir, desmatar e matar, se tornando assim a estrutura dos malefícios sociais. Um grande exemplo disso é o escravismo, exploração de matérias primas de forma desregulada, corrupção etc. Tais situações são nítidas em países capitalistas, como o Brasil, e é um forte contribuinte à concentração majoritária dos bens da nação estarem restritos a uma pequena parcela da mesma, formando assim, um dos países mais desiguais do mundo.
No filme "ponto de mutação" é observado a preocupação de Sônia com os problemas ecossistêmicos perpetuantes no planeta Terra e acentuado após o advento das Revoluções Industriais. Nesse sentido, ela explica a Jake sobre eles de forma profunda, criticando o método cartesiano, que separa cada problema e disseca-os até chegar na sua raiz, ela trata os problemas na sociedade em conjunto, afirmando que os mesmos crescem juntos e um afeta o outro, portanto devem ser tratados concomitantemente. Dessa forma, Jake entende acerca desses imbróglios mas sabe que teria enorme resistência para solucioná-los, uma vez que o sistema capitalista o impediria justamente por tocar no seu bem mais precioso: o lucro.
O filósofo Francis Bacon defende que os fatos verdadeiros devem ser assim considerados após longas observações e experimentações reguladas pela lógica racionalista. Contudo, mesmo sendo de conhecimento de todos (através do empirismo e dados científicos) que os recursos naturais têm sido lesados pelo sistema capitalista a ponto de previsões assustadoras de caos futuros se avizinharem da realidade, a ambição e a ganância tapa os ouvidos e cega os olhos dos políticos e poderosos a ponto de encomendarem cada vez mais um ambiente hostil para a vivência humana em décadas vindouras, para satisfazer seus próprios interesses.
É notório, portanto, que infelizmente se vale de tudo em nome do dinheiro na contemporaneidade e que não há hesitação em crucificar civilizações e destiná-las a pobreza e condições desumanas e degradantes se existir lucro nessas práticas. Dessarte, é indubitável que o que preconizou Paulo de Tarso nas escrituras sagradas é muito evidente na sociedade hodierna. Ademais, é válido destacar que só há um meio para erradicar, ou ao menos coibir consideravelmente essa mazela e proporcionar vida digna a todos os cidadãos do mundo: o ser humano se abdicar de sua própria natureza gananciosa e egoísta para não colocar seus interesses e bem estar na desgraça e pobreza alheia, e isso não é nenhuma benesse, mas sim equidade e altruísmo.
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