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segunda-feira, 11 de junho de 2018

O dizer o Direito: aborto de anencéfalos

O embate existente entre o poder de abordar o Direito, conseguindo assim espaço para dizer o Direito, é, segundo Bordieu, parte da lógica duplamente determinada - que busca encontrar o consenso mútuo, o equilíbrio. Face a isto, o aborto de anencéfalos e a discussão envolvida no caso é um exemplo da aplicabilidade do filósofo na atualidade.
Abrangendo a ideia da lógica duplamente determinada, o pensador estabelece que o Direito deve escutar às demandas sociais. A situação do aborto de anencéfalos, que no fim obteve resultado positivo, se viu fruto do intenso número de casos que despontaram nos hospitais e demonstraram extrema injustiça - já que não eram vistos como legais para a prática. Diante da análise de diversas perspectivas, buscando adaptar as fontes às circunstâncias, desde morais até judiciais, o campo jurídico acumulou recursos suficientes para aderir ao novo progresso. 
Por fim, a conclusão, embasada em Bordieu, retoma à ideia de que o Direito deve abrigar o científico, o campo jurídico que acumula conceitos e pode aplicá-los, além de encaixar a vontade social que possua maior número, sendo, portanto, um expansor de limites. Desse modo, o Direito pode ser mútuo e universal, neutro e passível de mudanças - apresentando evolução e conexão com a realidade.                                                              

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