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domingo, 12 de maio de 2013

A causa sobrepuja a consequência


A causa sobrepuja a consequência
Émile Durkheim, dissertando sobre as explicações relativas aos fatos sociais, expõe peculiaridades sobre as instituições sociais e praticas vigentes em cada momento histórico.
Não que sua obra deixa de ser significativa em outros aspectos, mas cuida-se para ressaltar essa característica peculiar dela. Olharmos para o passado e visualizar os costumes e praticas vigentes naquele dado momento histórico parece, a priori, algo inteiramente inútil para aqueles que não se interessam pelo conhecimento histórico, mas ao analisarmos o passado e o presente, de forma a compará-los e perceber suas particularidades, podemos firmemente notar as mutações pelas quais a sociedade tem passado. Tal como dito, várias instituições passaram por processos de transformação e isto nos cabe entender, visto que, suas mutações não foram à toa. Percebe-se que muitas delas adaptaram-se conforme andou as metamorfoses dos costumes. Isso significa que, ao passar a sociedade por transformações de âmbito social, ideológico, econômico e político, além de muitos outros, essas instituições passaram a caminhar atreladamente com essas metamorfoses, pois, querendo permanecer corroboradas, necessariamente deviam perseguir os caprichos da humanidade. Prova disso são as próprias mudanças no âmbito da igreja. Nota-se que houve transformações convenientes com os pensamentos vigentes em cada espaço-temporal. Ora, se a inquisição foi algo correto para determinada sociedade, hoje é claramente visível que não se apresenta como tal e que a condenamos, e que a igreja, felizmente, não se utiliza mais de meios tão hostis para ensinar a doutrina cristã.
Fora isso, emblema pouco dito, mas de eminente necessidade de avaliação é o que ressalta o sociólogo ao dizer respeito às causas dos fatos sociais. Nota-se que é deveras proeminente o trabalho dado às conseqüências e meios pelos quais os fenômenos ocorrem, todavia, não se faz pensar como surgem, já que uma maneira de entendê-los é justamente pela sua gênese; Os motivos que o geram e como podemos inibi-los se forem nocivos ao organismo social.
Buscando sua profundidade, acabamos por conhecer suas estruturas, sua formação e mormente sua eficácia e relações com a sociedade, de forma clara analisamos, portanto, sua importância e mutações para o organismo social reconhecendo as transformações históricas que a sociedade tem participado. 

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