A preocupação central nas obras do sociólogo francês
Émile Durkheim era a de criar regras para o
método sociológico, tentando garantir para essa área um “status” de saber
cientifico, assim como em outras áreas do conhecimento humano, porem nunca sem desconsiderar
o objeto de estudo em si. Dessa forma, caberia à sociologia estudar apenas os “fatos
sociais” em suas essências e a maneira como estes influenciam em outros indivíduos.
Para ele, deve-se partir da
investigação dos fatos para buscar as verdadeiras leis naturais que regem o
funcionamento e a existência destes, pois possuem existência própria e é externo
em relação às consciências individuais, para ele o importante seria realidade
objetiva dos fatos sociais, os quais têm como característica a exterioridade em
relação às consciências individuais e exercem ação coercitiva sobre estas.
O autor ainda explica o que ele chama
de “ação coercitiva”, que nada mais seria do que os costumes da
sociedade que exercidos individualmente acabam gerando algum tipo de reflexo em
outras pessoas, por exemplo, o simples reconhecimento coletivo de que ir a um
restaurante de pijama não seria socialmente “comum”, não há leis escritas que proíbam
esse comportamento, mas é do consenso geral não se comportar dessa forma. Isso
é a ação coercitiva do fato social, é o que nos impede ou nos autoriza a
praticar algo, por exercer uma pressão em nossa consciência, dizendo o que pode
ou não ser feito.
Durkheim afirma ainda que se um
individuo experimentar opor-se a uma dessas manifestações da “ação coercitiva”,
os sentimentos que ele estaria negando acabariam se voltando contra ele.
Resumindo, seriamos vitimas daquilo que vem do exterior, sendo os fatos sociais
produtos da vida em sociedade, e sua manifestação é o que interessa a sociologia.
Felipe Rotolo - Noturno
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