Em sua obra “As Regras do Método Sociológico”, Durkheim
procura definir o método, o objeto de estudo e as aplicações das ciências
sociais. E também define que o objeto de estudo da sociologia são os fatos
sociais, constituindo-se em quaisquer formas de instigação sobre os indivíduos
que são tidas como algo exterior a eles, possuindo uma existência independente
e estabelecida em toda a sociedade.
Desta forma, o que importa para ele é a maneira na qual o
indivíduo se porta na sociedade. Destacando-se então a coerção social – força
que os fatos exercem sobre os indivíduos – que pode ser observada através de
imposições das leis ou imposições sociais (respostas a condutas inadequadas
devido à existência de valores e princípios além da lei). Acrescenta-se a isso
ainda a ação dos chamados fatores “exteriores ao indivíduo”, que são aqueles
que atuam sobre ele independentemente de sua adesão consciente ou vontade. Por
exemplo, a educação, que somos coagidos a aceitar por meio de mecanismo de
coerção social, não no sentido de mudança mas no sentido de conservação da
sociedade como esta se encontra.
Além disso, Durkheim fala sobre a generalidade, visto que
todo fato que é geral, que se repete pelo menos na maioria dos indivíduos, é
social. Esses acontecimentos manifestam sua natureza coletiva, ou seja,
costumes, sentimentos comuns ao grupo, crenças ou valores. Sendo o homem para
ele, portanto, nada mais que um produto da sociedade.
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