O que realmente
interessa na vertente durkheimiana é o indivíduo inserido na
sociedade grupal, no meio coletivo. Portanto, para Durkheim, a
maneira como o homem age é sempre condicionada pela sociedade e,
logo, suas formas de agir apresentam-se de forma exterior, uma vez
que elas provém da sociedade e não do indivíduo, de maneira
coercitiva, pois são impostas ao homem, e objetivas, pois existem
independentemente do indivíduo. Este seria o tríplice caráter dos
fatos sociais: são exteriores, coercitivos e objetivos.
O homem, para Durkheim,
é mais do que formador da sociedade, é um produto dela. E de acordo
com essa filosofia, nas interações coletivas o homem não se
comporta como realmente é, uma vez que adota um princípio social
majoritário, aceito coletivamente. A educação surge, então, como
o principal instrumento dessa adaptação, já que desde o início da
vida humana, a educação consiste em um esforço contínuo para
impor ao indivíduo maneiras de ver, de sentir e de agir, que
originará os hábitos e as tendências comportamentais.
A educação seria,
portanto, um ato de moralização a serviço dos interesses que a
sociedade exige. "A construção do ser social, feita em boa
parte pela educação, é a assimilação pelo indivíduo de uma
série de normas e princípios - sejam morais, religiosos, éticos ou
de comportamento - que baliza a conduta do indivíduo num grupo.”
De acordo com Durkheim, a educação não seria um elemento que
visasse à mudança social, e sim a conservação e a manutenção do
funcionamento do sistema social.
Gabriela Giaqueto Gomes - Direito Diurno
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