Percebendo
grande desenvolvimento capitalista em países protestantes, Max Weber buscou
entender como a ética protestante proporcionou condições para tal feito, pondo essa
ética como seu objeto de estudo.
O
estudo da ética protestante mostra-se também de fundamental importância para a
compreensão da transição para modernidade, tendo o protestantismo revelado
verdadeira ruptura ao passado.
A
ética vigente anteriormente à modernidade é vista como uma ética de valores,
extremamente atrelada à tradição, na conjuntura dos mundos grego, com Platão e
Aristóteles e cristão, com Santo Agostinho e São Tomás de Aquino; Esta, então,
foi paulatinamente substituída pela ética da responsabilidade.
Toda
via é válido esclarecer que uma relação de ação e reação, causa e efeito nunca
foi posta por Weber tratando-se do protestantismo e o capitalismo, ou seja, não
existe a lógica do protestantismo como condição prévia para o capitalismo; Mas,
sim, que a ética em pauta proporcionou condições para que o capitalismo se
desenvolvesse como forma econômica predominante no Ocidente.
Vocação,
um termo cheio de conotação religiosa, mas é usado com sentindo diferente do bíblico,
é usado como valorização do trabalho habitual, da execução do dever. É neste
simples conceito que se encontra todo o dogma protestante, pois é posto como
único modo de vida aceitável para Deus o que se cumpre as tarefas imposta por
sua atual posição no mundo. Tornando, assim, o trabalho vocacional uma tarefa
ordenada por Deus, em que cada um deve se adaptar a ela.
LUÍS FILIPE R. RIBEIRO - NOTURNO
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