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segunda-feira, 20 de agosto de 2012

A vocação capitalista


   Percebendo grande desenvolvimento capitalista em países protestantes, Max Weber buscou entender como a ética protestante proporcionou condições para tal feito, pondo essa ética como seu objeto de estudo.
   O estudo da ética protestante mostra-se também de fundamental importância para a compreensão da transição para modernidade, tendo o protestantismo revelado verdadeira ruptura ao passado.
   A ética vigente anteriormente à modernidade é vista como uma ética de valores, extremamente atrelada à tradição, na conjuntura dos mundos grego, com Platão e Aristóteles e cristão, com Santo Agostinho e São Tomás de Aquino; Esta, então, foi paulatinamente substituída pela ética da responsabilidade.
   Toda via é válido esclarecer que uma relação de ação e reação, causa e efeito nunca foi posta por Weber tratando-se do protestantismo e o capitalismo, ou seja, não existe a lógica do protestantismo como condição prévia para o capitalismo; Mas, sim, que a ética em pauta proporcionou condições para que o capitalismo se desenvolvesse como forma econômica predominante no Ocidente.
   Vocação, um termo cheio de conotação religiosa, mas é usado com sentindo diferente do bíblico, é usado como valorização do trabalho habitual, da execução do dever. É neste simples conceito que se encontra todo o dogma protestante, pois é posto como único modo de vida aceitável para Deus o que se cumpre as tarefas imposta por sua atual posição no mundo. Tornando, assim, o trabalho vocacional uma tarefa ordenada por Deus, em que cada um deve se adaptar a ela.

LUÍS FILIPE R. RIBEIRO - NOTURNO

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