No decurso de todo o século XIX, sobretudo após a queda do imperador
Napoleão Bonaparte, observou-se no cenário europeu e, especialmente, na França,
até então um dos maiores expoentes do velho continente, uma verdadeira ruptura
de dogmas e paradigmas, cuja fim auspicioso deu luz a gênese de insignes
transformações sociais, tal qual a ascensão do cientificismo sob a antiga
conduta norteada pelo tradicionalismo.
É nesta conjuntura que nasce a sociologia – quanto ciência que não
pretende atingir as causas primeiras dos fenômenos e sim determinar sua
produção, vinculando um ao outro, devido as similitudes e sucessões – e o
positivismo do filosofo francês Augusto Comte ( 1798-1857). Comte, ao expor
suas ideias e formular com excelência a teoria positivista, contribuiu para a
elaboração de princípios basilares na formação do estado moderno como, por
exemplo, os conceitos de ordem, progresso e dinâmica social, que ainda nos dias
que correm, inspiram o próprio estado brasileiro.
Lançando-se a uma análise
histórica, não necessariamente perscrutada, pode-se constatar que esta corrente
comteana ofereceu alicerce para os movimentos que culminaram na Proclamação da
Republica, além de auxiliarem na abolição da escravatura e na reestruturação das
bases educacionais brasileiras.De maneira geral, pode-se afirmar, com certo
grau de certeza, que o positivismo não foi – e de certa forma ainda não é – de todo
nocivo.
Deve-se, no entanto, se atentar ao fato de
que, apesar do supracitado, o positivismo, principalmente no que diz respeito
aos tempos modernos, possui tantos contras quanto prós. Marcado por um intenso
imediatismo, onde as reais raízes fidedignas dos problemas em uma sociedade não
são analisadas a fundo e uma rigorosa necessidade de se realizar a manutenção
da ordem se prova presente, tal corrente é imperiosa no que diz respeito as
funções sociais se manterem estagnadas, exigindo que um individuo que vive as
margens permaneça sempre as margens.
Com o intento de explanar de forma pertinente a afirmação acima contida, cabe
citar de forma sucinta a forte influência positivista no que diz respeito a área
do direito. Este, enquanto ciência, não esta, de forma alguma, programado para
facilitar as transformações no meio social. Ao contrario, o direito é, na
realidade, um conjunto de mecanismos que visa a manutenção da ordem da sociedade,
mantendo-a estagnada, por mais integralmente injusta que seja a realidade
vigente. Com a função primaria de coibir transformações e manter as estruturas
sociais, essa ciência buscou suas bases no mais profundo do positivismo.
Para tanto, convém afirmar ainda, que as transformações não se dão por
intermédio de leis e sim por meio de revoluções sociais. É a perseverança no
embate do povo que torna-se primordial, impetrando mudanças até que o direito em si seja obrigado a se
adequar. Essa desumanização orquestrada pelo positivismo, sua intensa
sistematização e seu lamentável imediatismo, de alguma forma, em outro momento,
puderam ser utilizados de modo proveitoso em uma sociedade mas esta, enquanto
corpo mutável, tende a necessitar sempre de adequação, o que prova que, embora
prática e rigorosamente enquadrada em uma primorosa metodologia, a filosofia positiva não possui mais o teor essencial para se incorporar e - como pressupõe-se ser seu desígnio - moldar a nova forma de sociedade vigente no que que hodiernamente chamamos de contemporaneidade.
Milene Fernandes Silva - ( Primeiro ano de direito - Noturno ) Turma: XXXV
Mais um artigo da desinformação socialista/comunista-marxista-gramscista dos meios acadêmicos militantes da Unesp-Franca. Em primeiro lugar o positivismo não é imediatista deveria ler as obras de Augusto Comte antes de escrever"repetir" as besteiras e calunias ditas por professores e palestrantes militantes marxistas,pois veria que o positivismo defende a evolução lenta,gradual,equilibrada,constante e progressista(Ordem e Progresso),Em segundo lugar não ha nenhuma ordem estagnada no positivismo,que não permita as pessoas mudarem de classe social,pelo contrário o positivismo defende a educação gratuita,laica,científica e humanista para todos homens e mulheres,ricos e pobres para que cada um mude sua vida para melhor como quiser,por seus méritos,sem a tutela do estado,é isso que a esquerda marxista odeia no positivismo,pois eles é que querem o domínio e o controle do povo,quanto ao ser desumano isso é uma desinformação marxista,pois os regimes de esquerda mataram milhões e querem acusar alguém de desumano,o positivismo é a doutrina da ciência,da liberdade e da sociocracia portanto não tem nada haver com essas calunias que fazem contra ele.
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