Total de visualizações de página (desde out/2009)

domingo, 25 de março de 2018

A hirta estrutura social do Estado positivista


Num contexto de uma sociedade hipermoderna positivista, a banalização, o imediatismo e o controle social são aplicados brutalmente a partir da “mass media” e das instituições sociais. Se valendo do pensamento comtiano, essa instauração do controle e da ação imediata da sociedade sobre a sociedade é necessário para a conservação das estruturas que asseguram a harmonia social. Em outras palavras, Auguste Comte defendia os papeis sociais, as classes sociais e a reação reacionária imediata da população sobre uma atitude vista como viciosa para essa cultura.
Dentre as facetas dadas pelo positivismo, irei focar em um dos seus seguimentos: imediatismo. Não precisarei ultrapassar limites geográficos ou fazer uso de um decurso histórico para explicá-lo, basta ponderar a sociedade brasileira hodierna. Hoje, por conta da supremacia midiática e das instituições sociais, há uma expansão do desejo coercitivo, o nome disso é: populismo penal conservador disruptivo, como dizem estudiosos alemães. Onde a massa é instruída a utilizar suas forças para realinhar o indivíduo tido como inadequado no círculo social. Para isso, a mídia, família e a religião e outras organizações usufruem do seu poder para disseminar comportamento corretos e ideologias, levando o “cidadão de bem” a julgar e tentar consertar de imediato o mundo a sua volta, de acordo com seu senso de errado e certo; com sua razão.
Um exemplo desta atitude dita à cima é vista na seguinte frase ideológica: “o trabalho dignifica o homem”. Então, colocando esse bordão em prática, a saída imediata que a sociedade utiliza para reintegrar um indivíduo desarmônico ao meio social é o trabalho. Porém, já que fiz uso da palavra “indivíduo desarmônico”, me convém explicá-la nesse contexto: quando uma pessoa não segue uma determinada conduta tida como correta, este sofre uma coerção para que ele se torne “normal” e não apresente riscos para a harmonia da estrutura social. Às vezes, essa reintegração é feita por agentes institucionais que fazem o uso de penas mais severas para manter a ordem.
Por final, para exemplificar a conservação da estrutura social de um Estado positivista, que mencionei no primeiro parágrafo, vou usar como exemplo as cotas. Em um estado positivista, as estruturas sociais são divididas em dois patamares: cientistas, pensadores (elite que promove os avanços científicos- óptica dinâmica: relacionada ao progresso) e a base (trabalhadores- óptica estática: promove apenas a sustentação da camada superior). Segundo Comte, essa hierarquia não pode ser alterada. Agora, no âmbito nacional, com a Lei nº 12.711/2012, que estipula cotas para uma classe marginalizada (que faz parte da base), promove um abalo nessa estrutura conservadora positivista, deixando a classe-base ascender hierarquicamente, indo contra a filosofia positivista comtiana. O que acaba deixando evidente o caráter reacionário, fixista e autoritário dessa linha filosófica.

BRUNO A. CURTI - DIREITO NOTURNO


2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  2. Mais um artigo de desinformação socialista/marxista-gramscista dos meios acadêmicos universitários do Brasil,onde fica claro que seu autor,seus professores e palestrantes nunca leram nenhuma obra de Augusto Comte e apenas repetem besteiras e calunias ditas contra o positivismo; Em primeiro lugar o Brasil de hoje não tem nada de influência positivista;somente manipuladores dos fatos fariam qualquer relação do positivismo com o Brasil de hoje,algo tipico da esquerda militante das áreas acadêmicas; Em segundo lugar o positivismo Não é imediatista,pois defende a evolução da sociedade de forma organizada,equilibrada,lenta,pacífica,fraternal e progressista,ou seja (Ordem e Progresso),a única doutrina imediatista do mundo é a socialista/marxista,que defende a revolução armada e a luta de classes(violência),como forma de se obter as transformações sociais de imediato,Ou seja a esquerda é imediatista; Em terceiro lugar não ha nas obras de Augusto Comte nenhuma recomendação de se ter atitudes reacionárias contra qualquer mudança na sociedade,esta defesa do reacionarismo(repressão),é do socialismo/marxista que não tolera críticas ou oposição aos seus governos; Em quarto lugar não ha no positivismo nada que impeça alguém de subir de classe social,antes pelo contrário,o positivismo defende a educação gratuita,laica,científica e humanista para todos,homens e mulheres,ricos e pobres para que cada um mude sua vida para melhor como quiser sem a tutela do estado,por isso os socialistas/marxistas odeiam o positivismo,pois os marxistas querem o controle social e a tutela do individuo,enquanto o positivismo quer libertar o individuo através da educação; Em quinto lugar é do positivismo a defesa dos direitos dos trabalhadores por meio de leis,já no socialismo/marxista os trabalhadores não tem direito algum, e quanto a afirmação de autoritarismo do positivismo,isso não é verdade pois o positivismo defende a liberdade de imprensa,de opinião,de consciência,livre arbítrio,livre iniciativa,propriedade privada e justiça imparcial,que são ideias que os socialista/marxistas não reconhecem como direitos do cidadão por isso caluniam o positivismo,manipulando os fatos e omitindo a verdade,lembrem-se da frase "chame-os do que você é e acuse-os do que você faz",esta frase resume o que é o socialismo/marxista,não passa de um projeto de dominação e controle da sociedade,pois acabando com as classes sociais todos ficaram presos á miséria,sob a tutela do estado socialista/marxista.

    ResponderExcluir