Entre as ideias principais apresentadas por Auguste Comte
dentro da corrente do positivismo, se encontra a de dominação da natureza em
benefício do homem. Não somente da natureza, mas da própria sociedade para que,
segundo Comte, seja estabelecida uma noção de ordem e progresso. Tal dominação
pode ser feita através das próprias leis e pelo Direito, abrindo espaço para o
monopólio da violência pelo Estado por meio de instituições como a Polícia
Militar, com seus traços herdados do período da Ditadura. Episódios de
repressão, preconceito e afronta aos direitos humanos são recorrentes e se
protegem sob a justificativa positivista do controle do caos e da necessidade de
se manter a estática social.
A coerção exercida por quem supostamente deveria proteger
os cidadãos aplicada recorrentemente sobre a parcela negra e periférica da população
alerta sobre um atentado contra a democracia. Além disso, origina o
questionamento de até que ponto é possível aplicar as teorias de Comte dentro
do espaço social, buscando sempre as consequências das ações sem se preocupar
com suas origens. A perseguição policial sobre as minorias sociais e a desigualdade
socioeconômica se baseiam em uma questão histórica iniciada no período
regencial e continuam até hoje. Dessa forma, seria necessário não a extinção,
mas sim uma reformulação da instituição construída dentro do ideal de violência
para a segurança da sociedade e de sua mobilidade, possibilitando a ascensão
social daqueles que se encontram nas camadas mais baixas, a liberdade de
expressão e contrariando a noção de sociedade inerte defendida por Comte.
Tanto a posição da polícia quanto outros fatores como o
golpe de 2016, os pedidos para volta dos militares, entre outros, indicam que
hoje em dia existe uma onda conservadora que se instaura nas classes mais
altas. Preocupante, uma vez que o avanço vem da ampliação do Estado Democrático
de Direito na sociedade, e das oportunidades a serem oferecidas para que um
maior número de pessoas seja capaz de se politizar e colaborar com o meio em
que vive, longe da repressão. Vive-se tempos sombrios.
Mais um artigo socialista/marxista-gramscista de desinformação,em primeiro lugar a ditadura militar (1964/1985),não tinha nenhuma influência do positivismo,desafio professores(militantes)socialista/marxista a citarem o nome de um militar deste período que era positivista,ou mostrar alguma atitude dos militares que seja positivista,lembrando que investimentos públicos e incentivos econômicos e o discurso de busca do desenvolvimento também era e é feito por governos como os de Cuba,China,Vietnã,Estados unidos e união européia,portanto alguns elementos que usa para dizer que os militares eram positivistas é desmentido com uma simples comparação; Em segundo lugar a violência policial que é algo condenável não tem nada haver com o positivismo,pois ela também é encontrada em países que nunca ouviram falar do positivismo,tais como Cuba,China,Vietnã,Russia,Estados Unidos,Suécia,Arabia Saudita e outros do oriente médio
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