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domingo, 19 de abril de 2015

Pouco menos de senso comum, pouco mais de racionalidade

  A busca de Descartes por verdades absolutas o levou a criar um método que o auxiliaria na mesma. Esse método deveria ter como base fundamental o uso da razão, deixando de lado conhecimentos passionais ou mágicos, tais como os conhecimentos sobrenaturais (religiosos), o senso comum e as superstições. Uma das principais ferramentas também utilizada em busca da verdade seria a dúvida, que ajudaria a trazer para superfície erros existentes em determinadas afirmações.

  Ainda hoje observamos a utilização dos princípios desse método pelos mais diversos cientistas, com devidas mudanças em razão do tempo em que vivemos, mas permanecendo o uso da razão e certo desprezo pelos outros conhecimentos citados anteriormente. Todavia enquanto a maioria das ciências de hoje que buscam a verdade tendem a negar a existência de um ser superior, Descartes que queria chegar ao mesmo fim, acreditava que Deus existia, sendo Ele um ser perfeito o qual nos forneceu tudo o que temos, assim como toda a verdade.  

  Atualmente vemos que, pelo menos no Brasil, a racionalidade que Descartes tanto defendia sofre diversos golpes em razão da grande influencia existente dos dogmas religiosos que se infiltram na política, ciência e na cultura, querendo ditar o que é certo e o errado e justificam essas escolhas como as de Deus, mesmo quando não fazem sentido ou ferem os direitos de outros. Isso sendo totalmente contrário à crença que Descartes tinha de Deus, que por ele era visto como um ser racional.


  Assim o senso comum se mostra cada vez mais forte e vemos uma consciência coletiva acontecendo. Quanto a isso Descartes estava certo ao falar que nem sempre as noções tidas pelo senso comum estavam corretas. Talvez tudo o que precisamos nessa situação que o Brasil está vivendo seja um pouco da racionalidade tanto defendia pelo principal pensador da ciência moderna. 


Paula Santiago Soares
1º ano Direito diurno

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