A busca de Descartes
por verdades absolutas o levou a criar um método que o auxiliaria na mesma.
Esse método deveria ter como base fundamental o uso da razão, deixando de lado
conhecimentos passionais ou mágicos, tais como os conhecimentos sobrenaturais
(religiosos), o senso comum e as superstições. Uma das principais ferramentas
também utilizada em busca da verdade seria a dúvida, que ajudaria a trazer para
superfície erros existentes em determinadas afirmações.
Ainda hoje
observamos a utilização dos princípios desse método pelos mais diversos
cientistas, com devidas mudanças em razão do tempo em que vivemos, mas permanecendo
o uso da razão e certo desprezo pelos outros conhecimentos citados
anteriormente. Todavia enquanto a maioria das ciências de hoje que buscam a verdade
tendem a negar a existência de um ser superior, Descartes que queria chegar ao
mesmo fim, acreditava que Deus existia, sendo Ele um ser perfeito o qual nos
forneceu tudo o que temos, assim como toda a verdade.
Atualmente vemos
que, pelo menos no Brasil, a racionalidade que Descartes tanto defendia sofre
diversos golpes em razão da grande influencia existente dos dogmas religiosos
que se infiltram na política, ciência e na cultura, querendo ditar o que é
certo e o errado e justificam essas escolhas como as de Deus, mesmo quando não
fazem sentido ou ferem os direitos de outros. Isso sendo totalmente contrário à
crença que Descartes tinha de Deus, que por ele era visto como um ser racional.
Assim o senso comum
se mostra cada vez mais forte e vemos uma consciência coletiva acontecendo. Quanto
a isso Descartes estava certo ao falar que nem sempre as noções tidas pelo
senso comum estavam corretas. Talvez tudo o que precisamos nessa situação que o
Brasil está vivendo seja um pouco da racionalidade tanto defendia pelo
principal pensador da ciência moderna.
Paula Santiago Soares
1º ano Direito diurno
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