Atualmente, devido ao grande acesso às redes de
comunicação em massa, informações e opiniões são apresentadas às pessoas, as
quais, muitas vezes, acatam-nas como verdades quase absolutas, senão legítimas
por inteiro. Porém, o que se pode tomar como uma verdade indubitável?
Ao se desiludir com o que aprendera nos estudos e
na vida, René Descartes, conhecido filósofo francês, buscou construir uma nova
ciência que garantisse um conhecimento sólido e incontestável, utilizando da
dúvida e razão para conseguir tal feito. Assim, começa sua ardilosa trajetória,
procurando se distanciar do senso comum e questionando os alicerces de suas
ideias, já que elas sustentariam suas antigas opiniões.
No seu livro “Discurso do Método”, o filósofo oferece
um caminho a se trilhar de forma metódica, e ainda faz uma crítica ao
pensamento filosófico clássico que até então se perpetuara, isto é, ao
pensamento contemplativo sobre as coisas, já que essas ideias eram estéreis e não
possuíam fim útil e prático. Devendo, portanto, o conhecimento ser instrumento
utilizado para vida.
Desse modo, Descartes se tornara o “pai da
ciência moderna”, já que procurava universalizar ideias com tamanho grau de
clareza e distinção, capazes de servirem ao homem, dificultando a propagação de
opiniões sem fundamentos críticos e colocando barreiras na “ciência do
sobrenatural”.
Gabriel G. Zanetti - Direito Noturno
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