O racionalismo cartesiano teve grande
importância na história da filosofia. Pois, rompeu com a busca tradicional do conhecimento
ao defender que a razão seria capaz de transformar o mundo, controlando as
forças da natureza e colocando-as a serviço do homem. Isto é, ela perde seu
caráter meramente contemplativo.
Neste contexto, Descartes, em sua
obra Discurdo do método(1637), elege
uma regra metodológica que o orientará na busca de novas verdades.A qual possui
os seguintes preceitos: a aceitação exclusiva do indubitável como verdadeiro, a
divisão das dificuldades e a ordenação que presecreve o trânsito do simples
para o complexo.Sendo assim, o melhor caminho para a compreensão de um objeto
de estudo é a ordem e a clareza com que processamos nossas reflexões. Uma
dificuldade sempre será mais bem compreendida se a
dividirmos em uma série de pequenos problemas que serão analisados isoladamente
do todo.
Essa visão, no entanto, se perpetuou
pelo tempo e ainda se faz presente na sociedade contemporânea e, muitas vezes,
é interpretada com algo prejudicial. Uma vez que, o racionalismo excessivo nos
levou a acreditar que todos os fenômenos complexos podem ser compreendidos se
reduzidos as suas partes constituintes. Em outras palavras, nossa capacidade de perceber o todo de maneira expandida no
tempo e no espaço está comprometida.
Exemplo disso é a
ineficácia do modo de pensar cartesiano nos casos em que organizações ficam
imersas em problemas complexos, que são aqueles que envolvem muitas variáveis,
alto dinamismo , relações intrincadas e diferentes interesses sobre a
questão.Já que, foca nas partes, não no todo. Foca nos objetos isolados, não
nas relações. Foca na visão linear, não na circularidade.Não é à toa que vemos
crises de percepção também nas empresas.
Yasmin Commar Curia. Primeiro ano do Direito noturno.
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