O desejo de conquistar o mundo permeia o século XVII com a ascensão da burguesia, classe social que detém os meios de produção e objetiva o lucro. Influenciado por esta classe, René Descartes busca um conhecimento diferente daquele visado pelos antigos filósofos. Enquanto estes contemplam, especulam sem finalidade, aquele procura transformar o mundo através do saber.
Para concretizar esse projeto, Descartes rompe não apenas com os filósofos, mas também com o sobrenatural, baseando-se na razão (ou bom senso). Tendo-a como base, ele cria um método que consiste em duvidar; fragmentar, pormenorizando a dúvida; ordenar o pensamento do mais simples ao mais complexo e revisá-lo.
Seus ideais inauguraram a filosofia moderna e influenciaram grandes movimentos como o Iluminismo e a Revolução Industrial. No entanto, a sociedade atual pode se beneficiar ainda mais dos estudos de Descartes. Partindo do questionamento dos conceitos tidos como verdades (senso comum), o povo deve aprofundar seus conhecimentos sobre os mais diversos assuntos a fim de compreender o mundo à sua volta e a forma como os fatos são expostos.
Ao afirmar "Penso, logo existo", em sua obra O Discurso do Método, o pai da filosofia moderna dá uma lição à sociedade ao evidenciar que a razão, que diferencia os homens dos animais, é que caracteriza a sua – da sociedade – existência. Ao deixar de pensar criticamente o homem deixa, portanto, de existir.
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