René Descartes, em sua obra “Discurso do Método”, expõe o
seu pensamento acerca da importância da razão para o conhecimento da verdade. Rejeitava
como falso tudo aquilo que fosse dubitável, ou seja, que não fosse claro e
distinto. O método de Descartes é racionalista, pois não parte da evidência
sensível e empírica, afirmando que os sentidos são confusos, sendo somente as
ideias da razão claras e distintas.
A dúvida metódica é um instrumento metodológico utilizado
por Descartes em “Discurso do Método” para chegar à existência de verdades
absolutas. Entretanto, ele não duvidava como os céticos, que apenas duvidam por
duvidar, e sim com o propósito de tirar conclusões mesmo que fossem as de que
nada estivesse correto. Ao duvidar das proposições consideradas falsas,
conclui-se, na pior das hipóteses que elas não continham nada de correto o
que é importante, pois permite o acúmulo de experiências que, no futuro,
permitirão a formulação de proposições “mais corretas”.
René Descartes,
afirma que a única coisa de que não podemos duvidar é a de que pensamos e que por
isso existimos- “Penso, cogito, logo existo,
ergo sum”. Ao pensar em duvidar de algo já temos a certeza da nossa própria
existência. Uma das ideias do cogito de Descartes é a existência da ideia de perfeição.
Como somos imperfeitos, não podemos tê-la tirado de nós mesmos. Assim, a recebemos de um Ser perfeito, provando-se a existência de
um Deus.
O “Discurso do Método” de René Descartes, inspirado no rigor
matemático e na razão, teve importância relevante para o desenvolvimento
científico, pois diversas situações e acontecimentos eram analisados
racionalmente. As constantes dúvidas propostas em seu método, estimulavam a
busca do conhecimento racional, fundamental para a pesquisa científica.
Virginia B.M.de Carvalho- direito noturno 1° ano
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