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domingo, 10 de março de 2013

A razão como premissa maior


       René Descartes, em sua obra “Discurso do Método”, expõe o seu pensamento acerca da importância da razão para o conhecimento da verdade. Rejeitava como falso tudo aquilo que fosse dubitável, ou seja, que não fosse claro e distinto. O método de Descartes é racionalista, pois não parte da evidência sensível e empírica, afirmando que os sentidos são confusos, sendo somente as ideias da razão claras e distintas.
      A dúvida metódica é um instrumento metodológico utilizado por Descartes em “Discurso do Método” para chegar à existência de verdades absolutas. Entretanto, ele não duvidava como os céticos, que apenas duvidam por duvidar, e sim com o propósito de tirar conclusões mesmo que fossem as de que nada estivesse correto. Ao duvidar das proposições consideradas falsas, conclui-se, na pior das hipóteses que elas não continham nada de correto o que é importante, pois permite o acúmulo de experiências que, no futuro, permitirão a formulação de proposições “mais corretas”.
       René Descartes, afirma que a única coisa de que não podemos duvidar é a de que pensamos e que por isso existimos- “Penso, cogito, logo existo, ergo sum”. Ao pensar em duvidar de algo já temos a certeza da nossa própria existência. Uma das ideias do cogito de Descartes é a existência da ideia de perfeição. Como somos imperfeitos, não podemos tê-la tirado de nós mesmos. Assim, a recebemos de um Ser perfeito, provando-se a existência de um Deus.
      O “Discurso do Método” de René Descartes, inspirado no rigor matemático e na razão, teve importância relevante para o desenvolvimento científico, pois diversas situações e acontecimentos eram analisados racionalmente. As constantes dúvidas propostas em seu método, estimulavam a busca do conhecimento racional, fundamental para a pesquisa científica.



                Virginia B.M.de Carvalho- direito noturno 1° ano

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