Este é um espaço para as discussões da disciplina de Sociologia Geral e Jurídica do curso de Direito da UNESP/Franca. É um espaço dedicado à iniciação à "ciência da sociedade". Os textos e visões de mundo aqui presentes não representam a opinião do professor da disciplina e coordenador do blog. Refletem, com efeito, a diversidade de opiniões que devem caracterizar o "fazer científico" e a Universidade. (Coordenação: Prof. Dr. Agnaldo de Sousa Barbosa)
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domingo, 18 de março de 2012
Racionalismo e a natureza humana
É inegável que o pensamento Cartesiano em sua maior parte é atual, a racionalização pregada por este no século XVI se faz completamente contemporânea, é notável a comodidade que os frutos advindos da ciência trouxeram ao homem pós-moderno. E apesar de muitos frutos positivos a sacralização da ciência, da razão e daquilo que é calculável não é de todo positiva.
A razão sobre todas as coisas tem subjugado a condição humana, não se pode simplificar um homem apenas por aquilo que ele racionaliza, há infinitas questões dentro do homem que a racionalidade por si só não é capaz de suprir, um homem que apenas sabe ou se importa em computar nada é além de uma máquina, uma máquina deficiente.
É óbvia a existência do desprezo pelo conhecimento não prático na sociedade contemporânea, e um fruto advindo desse desprezo por aquilo que lida com questões subjetivas como a existencialista, é uma geração que não se identifica mais com aquilo que é, com a condição humana.
Desprezar as convicções particulares, o conhecimento adquirido pelo hábito e o aspecto emocional é ignorar as experiências que moldam o humano, é igualar o homem a máquina. Ao lidar com seres humanos é impossível delimitar a razão como único meio de se avançar, o humano é com certeza mais complexo que apenas o seu lado racional.
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