Rene Descartes foi um dos mais importantes filósofos
modernos, seguia uma linha racionalista, enquanto o mundo assistia a uma
transformação no modo de se interpretar a vida, onde a explicação racional e
cientifica, confrontava a explicação religiosa, mítica, que dominava o pensar
humano por muitos anos.
Na
obra Discurso do Método, o filósofo descreve um método cientifico orientado pela
razão afim de derrubar todo o conhecimento das gerações passadas, que teria
sido constituído de maneira não cientifica, e sim tendo como base os mitos, a
passagem de conhecimento entre as gerações e a simples observação e contemplação
da natureza.
A
razão, a qual era para Descartes o caminho fundamental na busca da verdade,
assim como a dúvida, que tinha o papel de ser o motor da ciência, foram alguns
dos fundamentais elementos para a ruptura do modo de pensar entre a Idade
Moderna e a Idade Média, e esses elementos caracterizaram o modo de gerar e
entender o conhecimento das gerações futuras dando inicio a uma espécie de “hiper-racionalização”,
onde tudo seria explicado pela razão cientifica, chegando a ter um aspecto
quase o qual a religião tinha na Idade Média.
Esse
papel imponente que a ciência e a razão tomaram na Idade Moderna e Contemporânea
(o qual gerou a chamada “hiper-racionalização”) deu as pessoas a idéia de que a
ciência tornou-se inquestionável , pela sua força baseada em fatos e por estar
em constante evolução (representando uma dificuldade para a sociedade em geral
de acompanhar e entender o significado de todo o conhecimento adquirido), e por
isso, por mais impossível que pareça, a lógica se inverteu, já que a sociedade
torna-se cada vez menos critica e racional, cada vez duvida menos, seja
aceitando de forma apática todas as recomendações em uma consulta médica,
acreditando plenamente nas descobertas extraterrenas ou dando pouco valor as
descobertas cientificas por considera-las demasiadamente complexas.
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