Ao citarmos o
movimento racionalista ocorrido na Europa do século XVI, associamos automaticamente
suas características com o seu fundador: René Descartes. Apesar de amplamente conhecido
pelos seus feitos matemáticos, Descartes foi um grande filósofo e contribuiu
diretamente para a formação do pensamento moderno. Mesmo diante de séculos decorridos
de sua existência, suas idéias ainda estão presentes na nossa sociedade atual.
Como Descartes influencia o pensamento contemporâneo? Ainda somos descartianos?
É fato: o pensamento
racionalista inaugurou uma nova maneira de encarar os fatos cotidianos, antes
moldados pela Igreja Católica. Os fenômenos, tanto naturais quanto sociais,
começaram a ser explicados através de fórmulas e experiências concretas, e não
mais pelo lado religioso. Apesar desta mudança, não houve em nenhum momento a
ruptura completa entre os dois pensamentos. No “Discurso do Método”, de
Descartes, encontramos essa característica: mesmo afirmando a necessidade de um
pensamento racional, o autor deixa clara a sua confiança na existência de um
Criador, um ser superior aos homens, que daria a estes a capacidade de pensar
para existirem (“Penso, logo existo”).
Em continuidade, as
idéias do pensador francês influenciaram também nossas relações pessoais e
profissionais. No mundo capitalista em que vivemos, é necessário basearmos
nossas relações em fatos concretos, racionalizados, para que não soframos as conseqüências
negativas que possam existir. Não é possível, porém, sermos descartianos em
todos os momentos, já que somos munidos de alma e sentimentos, que entram
constantemente em conflito com nossa consciência racional.
Por fim, a obra
racionalista de René Descartes é extremamente importante para o mundo
contemporâneo, tendo em vista sua influência em nossos atos, desde os mais
simples, até os mais complexos, sendo necessário tal pensamento para
resistirmos à atual sociedade.
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