Preceitos cartesianos para um
mundo melhor
Durante a construção de seu
conhecimento, não raro o homem deixa-se influenciar por superstições,
pré-concepções herdadas socialmente, estigmas, dogmas religiosos, entre outros
fatores. Deste modo, ele passa a fazer parte do grupo de pessoas que se guia pelo
senso comum. É justamente desse grupo que surgem as falácias ouvidas quase que
diariamente – “todos os políticos são corruptos”, “política não presta”,
“filosofia não serve para nada” etc.
A ausência de filosofia crítica
permite às pessoas que se embrenhem pelo caminho tortuoso, incerto e falacioso
das cogitações do senso comum.
Quando o homem do senso comum diz
que odeia a Filosofia, está a assinar seu atestado de não reflexão. Ele não
possui opiniões formadas por si, apenas as adquire do sistema ideológico
vigente, quase que por osmose.
Ao construir idéias próprias e
imparciais, atentadas para a realidade histórica, social e política da qual faz
parte, o homem está agindo voltado para a práxis, dando os primeiros passos
para articular mudanças num mundo tão carecedor delas.
Refletir é necessário para
desatar as amarras cegas e cegantes do senso comum. A humanidade deve sair da
caverna das ideologias, das pré-concepções, dos costumes inquestionáveis,
dogmas e estigmas e enxergar o mundo de modo neutro para, aí sim, construir
concepções racionais, verdadeiras, suas e que sejam passíveis de
contemporaneização, que sejam mutáveis.
A reflexão, pois, deve ser
hábito, porque a Epistemologia, como toda ciência e como o próprio homem, é
evolutiva.
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