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domingo, 18 de março de 2012


Preceitos cartesianos para um mundo melhor

Durante a construção de seu conhecimento, não raro o homem deixa-se influenciar por superstições, pré-concepções herdadas socialmente, estigmas, dogmas religiosos, entre outros fatores. Deste modo, ele passa a fazer parte do grupo de pessoas que se guia pelo senso comum. É justamente desse grupo que surgem as falácias ouvidas quase que diariamente – “todos os políticos são corruptos”, “política não presta”, “filosofia não serve para nada” etc.
A ausência de filosofia crítica permite às pessoas que se embrenhem pelo caminho tortuoso, incerto e falacioso das cogitações do senso comum.
Quando o homem do senso comum diz que odeia a Filosofia, está a assinar seu atestado de não reflexão. Ele não possui opiniões formadas por si, apenas as adquire do sistema ideológico vigente, quase que por osmose.
Ao construir idéias próprias e imparciais, atentadas para a realidade histórica, social e política da qual faz parte, o homem está agindo voltado para a práxis, dando os primeiros passos para articular mudanças num mundo tão carecedor delas.
Refletir é necessário para desatar as amarras cegas e cegantes do senso comum. A humanidade deve sair da caverna das ideologias, das pré-concepções, dos costumes inquestionáveis, dogmas e estigmas e enxergar o mundo de modo neutro para, aí sim, construir concepções racionais, verdadeiras, suas e que sejam passíveis de contemporaneização, que sejam mutáveis.
A reflexão, pois, deve ser hábito, porque a Epistemologia, como toda ciência e como o próprio homem, é evolutiva.

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