Quem já ouviu falar de René Descartes com certeza o conhece pelas suas incríveis contribuições para as ciências, como a geometria, por exemplo. Não seria uma grande surpresa saber que tal intelectual desacreditava na própria educação que recebera?
Descartes, apesar de estimar muito a eloqüência e, por vezes, reconhecer em parte o valor dado ao que se aprendia nas escolas, mantinha uma opinião de que quanto mais ele tentava se instruir, mais se sentia ignorante. Isso ocorria porque ele acreditava que qualidades como a eloqüência, por exemplo, eram dons de espírito e que apenas um raciocínio ativo seria capaz de auxiliar aqueles que não foram contemplados com tais dons. Descartes não acreditava ser maior ou inferior do que qualquer um de seus colegas de estudo e não alimentava nenhuma esperança de acertar mais do que os outros, já que, segundo sua visão, a base filosófica é vaga e não existe uma única coisa a respeito da filosofia da qual não haja discussão.
Dessa forma, Descartes aprendeu a desconfiar daquilo que lhe era passado com demasiada convicção ou daquilo que lhe era proposto pelo hábito, tentando, assim, provar que a superação da crença nos costumes facilita o trabalho racional e, por conseqüência, a obtenção do conhecimento verdadeiro.
Por: Nicole Santinon
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