“Sucessor” do positivismo de Comte, Durkheim foi o primeiro a fazer uma investigação do fato social, tomando-o como uma “coisa”. Aplicou métodos científicos no estudo das relações humanas, proporcionando um estudo do normal e do patológico. A definição de normal é algo concomitantemente inevitável e acima do individuo, como a sociedade e a consciência coletiva, que são instituições hegemônicas no campo da moral. O individuo deve integrar-se a sociedade para que possa ter sua realização pessoal e assim alcançar a felicidade. O consenso entre os membros de uma sociedade só pode realizar-se através da solidariedade. A partir do normal, Durkheim pode estudar também o patológico. A falta de consenso moral e de controles normativos na sociedade, resultante do colapso da autoridade tradicional, leva-a a sofrer de anomia. No processo industrialização da Europa, os controles morais foram suplantados pela revolução nos relacionamentos sociais e econômicos. Em conseqüência disso, a organização social se enfraqueceu e os indivíduos não se sentiam mais presos às restrições tradicionais. Devido a ele, a sociologia pôde continuar desenvolvendo-se no século 19.
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