Durkheim, pai da sociologia moderna, pós-positivista, cria a sociologia como ciência autônoma, tratando de fenômenos sociais. No capítulo I de seu livro "As Regras do Método Sociológico" Durkheim disserta sobre o que é fato social e fala sobre a coercitividade imposta pela sociedade no indivíduo.
Fato social para Durkheim é todo acontecimento que é regido por regras sociais, não dependendo somente do indivíduo e de suas vontades. Ele tem como substrato o agir do homem em sociedade de acordo com essas regras. Fatos sociais são maneiras de pensar, de sentir e de agir não próprias do indivíduo, que estão definidos fora dele e que exercem uma coerção ele.
Durkheim defende que as regras impostas pela sociedade são coercitivas. Caso alguém tente violar essas regras, elas reagem contra ele de maneira a impedir seu ato com o intuito de anulá-lo e restabelecê-lo ao "normal". Durkheim da um exemplo disso ao falar sobre o idioma: "Não estou obrigado a falar o mesmo idioma que meus compratiotas, nem a empregar as moedas legais; mas é impossível agir de outra maneira. Minha tentativa fracassaria lamentavelmente, se procurasse escapar desta necessidade."
A acomodação às regras nos fazem acreditar que alguns sentimentos são frutos da nossa própria elaboração, mas a verdade é que desde o nosso nascimento somos coagidos pela sociedade a não irmos contra suas regras. Nos é imposta uma educação quando criança da qual não chegaríamos por livre e espontânea vontade. Desde criança, somos forçados a comer, dormir e beber de acordo com os dogmas da sociedade. Dogmas esses ja instaurados desde antes de nosso nascimento.
Durkehim tenta assim dizer, de certa forma, para que se mantenha o corpo social "saudável", os cidadãos perdem sua individualidade, e devem abdicar de suas próprias vontades.
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