Ao desenvolver o materialismo dialético, Marx e Engels refletiram sobre a realidade histórica e a influência deste nas contradições do sistema capitalista. Considerando-se estas contradições, chega se á alienação do proletariado ao longo do tempo, vinculado ao desconhecimento do seu papel no sistema e sua relevância. Mas na marcha revolucionária da história, o fim da alienação e exploração partem da emancipação social.
Haja vista a promoção da emancipação, pode-se resgatar a pedagogia desenvolvida pelo patrono da educação brasileira, o ilustre Paulo Freire. Freire tinha o objetivo de educar à partir da realidade vivida pelo educando, Provocando assim uma reflexão sobre a realidade e o seu papel naquele ambiente. Desta maneira pode ocorrer o rompimento da alienação do indivíduo, partindo-se de sua própria vivência coletiva e individual, como dizia Freire "os homens se educam entre si mediados pelo mundo".
Esta importante mudança causada pelo simples reconhecimento e pela autonomia é colocada em voga por Richard Sennett em A corrosão do caráter; no capítulo um há a contraposição dos personagens Rico e Enrico, sendo o primeiro impelido pela história ao sonho americano, o levando à situações instáveis e incontroláveis advindas do sistema capitalista. Já Enrico, inferior na escala social, controlava e era autor de sua história, de certa maneira; enquanto Rico flexibilizava-se ao máximo para estabelecer-se no mundo e se alienar.
Por conseguinte, é claro a presença e a importância do materialismo dialético na história de Sennett e na pedagogia de Freire, provando assim a relevância metodológica do materialismo dialético e o seu uso no fim da exploração do proletariado; a aplicação metodológica dele através, por exemplo da pedagogia de Freire, daria autonomia para Ricos, escravizados pelo sistema.
Mariana Santos Alves de Lima - 1º ano Direito (Noturno)
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