Vamos começar esse pensamento com uma
frase escrita por Marx ao Final das Teses
Contra Feuerbach (1845): “Os filósofos se limitaram a interpretar o mundo
de várias formas; cabe transformá-lo”. Bom, analisando friamente tais dizeres,
podemos sintetizar que o papel da academia, de nada vale, se suas teses não
forem praticadas de alguma forma, de que adianta se criar uma teoria
revolucionária, se a mesma não sai do papel?
Temos que ter a sensibilidade de
entender o mundo, interpretá-lo, e consequentemente, utilizar de tais saberes
para transformá-lo; para tal façanha podemos nos utilizar da dialética, que tem
seu significado traduzido do grego dialektiké,
como sendo a arte de dialogar, que
pode ser entendido também, como uma maneira de filosofar.
Segundo Hengel, a dialética se compõe
de três termos: a tese, a antítese e a síntese, na qual a primeira é uma
afirmação, a segunda seria uma versão contrária, e a última, um consenso ou
mistura de idéias, uma conclusão tomada a partir das duas primeiras.
A arte de dialogar, ou a dialética,
pode ser utilizada por pensadores, para transformar o mundo, a partir do
momento que suas produções acadêmicas, forem confrontadas com a realidade
social, pois um mesmo estudo produz efeitos distintos, quando aplicados em
realidades sociais diferentes, daí é que está a importância da síntese, não a
síntese teórica, mas sim a prática pois essa última é única que produz
resultados.
A originalidade do pensamento
Hengeliano, faz da dialética uma lógica do ser, regendo assim o modo de ser de
tudo, com um perpétuo vir-a-ser.
A dialética Marxista traz de original,
uma dialética que confronta as relações sociais e econômicas, podendo ser
dividida também como pensamento socialista VS capitalista, direita VS esquerda,
e a síntese dessa controversa oposição ideológica, está longe de ser uma
unanimidade, por exemplo, na atual realidade brasileira, pois tais pensamentos
são aplicados a uma sociedade que não se abre ao diálogo, gerando assim no
cenário político, uma bi polarização, que podemos classificar vulgarmente de
“coxinhas VS mortadelas”, na qual se ambos os lados cedessem um pouco, o
resultado poderia ser um fantástico e delicioso quitute, que agradaria um pouco
a todos: “coxinha com recheio de mortadela”.
Weberson A. Dias Silva, turma XXXV,
Noturno.
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