Hodiernamente, no Brasil, vivemos o ápice da irracionalidade nas relações sociais e de produção e também um enorme retrocesso nos direitos já positivados dos trabalhadores, fatos que comprovam isso é a reforma trabalhista implantada no país, as evidentes superexplorações da mão de obra e a neoescravidão. O capitalismo contemporâneo flexibilizou as relações de produção e consequentemente as legislações que protegem os trabalhadores, é possível compreender o panorama das relações de trabalho no mundo moderno por meio da óptica de Marx: diminuem-se os direitos do trabalhador – o elo mais fraco na relação empregador e empregado – em benefício dos grandes empresários (burgueses), que passam a lucrar cada vez mais explorando e oprimindo seus funcionários por meio de condições de trabalho e de vida totalmente desumanas que beiram a escravidão. Ademais, em seu movimento dialético, as problemáticas do mundo trabalhistas deveriam contribuir na síntese de novas leis que ampliassem e garantissem a proteção ao trabalhador e à dignidade humana, porém caminhamos no sentido contrário, barateando o custo da mão de obra por meio de contratos precários, aumentando a jornada de trabalho, reduzindo salários, fragilizando a sindicância dos trabalhadores e dificultando o acesso à Justiça para a garantia da efetividade de seus direitos – os poucos restantes. Assim, todas as riquezas advindas do esforço dos trabalhadores ficam retidas nas grandes multinacionais que levam a mais-valia para fora do território nacional ou em uma pequena parcela da população, concretizando o cenário de exploração, repressão e de reificação humana – agora somos também mercadorias.
Gabriella Natalino - Direito Matutino
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