Conduzido pelos ventos frios de uma história turbulenta, o direito foi formado por conflitos e armazenado em sensos contrastantes de justiça. A dialética sempre se fez presente, sempre uma síntese formada a partir de um choque e na aurora dos choques temos um direito totalmente arraigado ao conflito, intelectual e formal, sim, contudo, sempre ressentido.
Trabalhadores de um Egito místico buscavam seus direitos na utopia de se arguir perante um Deus humano, escravos de um mercantilismo agressivo procuravam a justiça em terras nativas que tampouco conheciam a equidade e operários de indústrias escuras buscavam férias às 16 horas de trabalho para exigir nem que seja um copo d'água aos tribunais ingleses. Junto à História fez-se as relações antitéticas e consequentemente as classes que em sua espontaneidade sempre houve a luta pelos direitos.
Na atualidade, no alvor de um Estado pleno de Direito, ainda assim a antítese se faz presente e nem sempre é justa, ponderada e humanitária. No mais fiel dos exemplos, o Direito Trabalhista é um poço de ambições operárias e lucros empresárias, em que o advogada almeja o lucro mais que o patrão, por viver de uma fonte inesgotável de indenizações. Marx se faz presente na História que se reproduz no presente e mais presente nos assentos de uma Corte, uma bela ilustração de Tese e Antítese.
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