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segunda-feira, 27 de maio de 2019

A dicotomia entre o Ter e o Ser

Ter e Ser são duas palavras que desde a infância refletem a amplitude de nossas vidas. Crescemos condicionados a Ter para que sejamos aceitos na sociedade. Temos que ter um bom carro, uma boa casa, roupas da moda, status, propriedades etc. Uma lista interminável!

O problema é que anda disso é definitivamente nosso. Estas coisas apenas estão conosco temporariamente. O grande efeito disso tudo é que gera uma enorme confusão entre Ter e Ser. As pessoas acreditam que quando Tem isso ou aquilo, elas definitivamente são essas coisas. No entanto, nós não somos o que temos e coisas materiais não nos definem.

Acreditar que somos proprietários das coisas, bens materiais e imateriais (família, relacionamentos) é um padrão comum na sociedade capitalista. Todos ps dias pessoas se suicidam por desfazerem um relacionamento, perder dinheiro na bolsa de valores etc. São vários apegos que partem da confusão: se tenho, sou. Se não tenho, não sou. A base do sofrimento humano está na identificação das coisas que temos. Quanto mais queremos o que está à nossa volta, sejam pessoas, sejam coisas, mais sofrimento criamos porque elas não são eternas.

Quando entendemos que nada é nosso e que tudo é transitório aprendemos a conviver melhor com os desafios que a vida coloca à nossa frente. Claro que isso não significa que devemos abandonar pessoas e coisas que gostamos. Entendendo a transitoriedade do mundo que nos cerca passamos a valorizá-lo ainda mais, afinal algo que esteja conosco hoje pode não estar amanhã. Estar preparado é a grande chave para o sucesso e a felicidade.

Luís Gustavo N. Barbosa
1° ano - Direito Noturno

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