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segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Liberdade

Em meio a uma aula de filosofia, durante o ensino médio, cumprindo o que a sociedade espera de mim, ouvi a frase de Sartre “O homem está condenado a ser livre.” Liberdade. De que modo alguém pode ser livre, se de acordo com Durkheim a individualidade deve sucumbir para que haja uma sociedade em perfeita harmonia? Não creio que seja possível, exercer o pleno direito à liberdade, se não se pode ao menos exercer sua individualidade. Logo, a liberdade é limitada, posso fazer minhas escolhas, desde que não atrapalhe minha adaptação aos grupos sociais e muito menos que tenha algum tipo de rompimento com a ordem, condicionando meu modo de agir. Além disso, acredito que alguns indivíduos não tem muitas opções para exercer uma liberdade de fato. Como alguns moradores da periferia pois, vida que levam, não é a que necessariamente tem a liberdade de escolher, mas a que conseguem. Desse modo, a sociedade brasileira e a influência que sofre pelos pensamentos de Durkheim, condena aqueles que exercendo sua individualidade vão além do fato social, apresentando uma liberdade que seja perigosa para a anomia da sociedade. Assim, dentro de um limite o indivíduo é livre e a liberdade de fato, não existe, pois se em vez de estar na aula aprendendo a respeito de Sartre, estivesse aprendendo técnicas circenses, a sociedade me condenaria. Uma vez que a influência da sociedade está presente em todos os momentos da nossa vida, até no ato de se vestir e se não seguirmos um certo padrão podemos sofrer uma coerção, não necessariamente física, mas moral. A liberdade, na sociedade “durkheimniana” é uma ilusão.
Marina Domingues Bovo - 1º ano direito matutino 

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