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segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Sociedade Bruta

Na era digital, onde há informação em todos os lugares, vemos que dá para saber quase tudo de todos; seja por redes sociais ou por tecnologia de observação. Além disso, nos últimos anos houve uma crescente exacerbação de julgamentos, o que acaba moldando a vida social das pessoas.
Um dos maiores lugares utilizados para julgar a vida em sociedade, na atualidade, é o facebook. Esta rede social, seja pela impessoalidade ou pelo certo anonimato, é manuseada para fazer críticas sociais, que quase sempre não são embasadas. De fato é uma vigilância sobre a conduta dos cidadãos; e, assim como na Antiguidade havia uma ação coercitiva (apedrejamento), hoje também há, só que em forma de comentário ou “post”.
No final do século XVIII, Jeremy Bentham criou o Panóptico, inicialmente pensado para uma penitenciária circular com celas gradeadas (para ter total visão) e uma vigilância ao centro (o vigilante não era visto dentro dessa torre, mas ele via todos os prisioneiros). Dessa forma, decorrido certo tempo não precisaria mais de um vigilante dentro da torre, pois todos os prisioneiros pensariam ser vigiados; é o que ocorre hoje com as câmeras de segurança de monitoramento da polícia em cidades como São Paulo, por exemplo.

Em suma, há uma espécie de controle social, tanto pelo Estado como pela própria sociedade. O primeiro tenta se legitimar por se tratar de segurança, dizendo ser mais importante por se utilizar da racionalidade, tratando o fato social como “coisa”; já o segundo tenta se legitimar pela cultura, utilizando-se da emoção. Porém, ambos acham que a sociedade está bruta; o Estado e a Sociedade querem moldar a própria sociedade a seu modo, lapidando-a sem se importar com as lascas que caem.

Gustavo Maciel Gomes – Direito – 1ºano – Noturno  

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