Émile Durkheim estabeleceu a Sociologia como ciência social, indicando que seu objeto de estudo são os fatos sociais. Para o sociólogo, fatos sociais são acontecimentos decorrentes das contingências cotidianas e dotados de coercitividade, que faz as pessoas agirem conforme determinada cultura, resultados de exterioridade e generalidade, por não se tratarem de atos intrínsecos ao indivíduo e existirem para a coletividade.
Essa ideia, principalmente considerando o fator da coercitividade, é importante para entender, por exemplo, as bases para a imposição de valores na sociedade. Através de ferramentas, como os meios de comunicação, a indústria cultural é capaz de enraizar na população padrões de beleza, maneiras de se portar, formas de se relacionar, etc.
Isso acontece por que as pessoas passam a adotar valores que não escolheram, mas que lhe foram expostas, predominantemente pelo recurso supramencionado, e excluir aqueles que divergem do modelo idealizado. Tal situação implica a criação de estereótipos e, como consequência, o preconceito.
Para tornar minha observação mais concreta, podemos analisar o padrão de beleza, que valoriza na cultura brasileira o fenótipo europeu e marginaliza o pardo, negro, eslavo, asiático, etc.; e a maneira como as "regras de etiqueta" e os hábitos de higiene variam conforme a região do mundo, entre outros fatores. Com isso, lançam-se as bases para entender também a noção de relativismo cultural, tema que foge da proposta de Durkheim.
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