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segunda-feira, 21 de agosto de 2017

A sociedade universitária: moderna e primitiva.

            Podemos considerar a sociedade universitária como uma sociedade que, de certa forma, coexiste de uma maneira primitiva e arcaica dentro da sociedade capitalista (moderna e complexa). Esse ponderamento pode se suceder se considerarmos que a sociedade arcaica é uma sociedade na qual os indivíduos que dela fazem parte, em sua grande maioria, compartilham das mesmas visões e valores e até mesmo de uma classe social semelhante ou igual, existindo nesta, uma forte consciência coletiva, que faz com que os seus indivíduos se sintam parte de um todo.
                  Segundo Émile Durkheim, um fato social é sempre coercitivo e nunca é inerente ao indivíduo, sendo considerado como uma pressão imposta, seja ela espontânea-moral ou legal, tendo sempre uma efeito final ao homem. Tendo essa ideia durkheimiana em vista é possível considerarmos a rotina no âmbito universitário como um fato social.
               Esta rotina que, por diversas vezes, é autoritária e exaustiva, gera àqueles que nela estão inseridos uma sensação agoniante de ansiedade incessante e para refrigério desta sensação, e também para fazer parte do "todo" presente nas sociedades arcaicas, muitos universitários recorrem às festas e às drogas como válvulas de escape de toda a pressão decorrida do meio acadêmico, formando por consequência uma corrente social. Esta corrente formada é exterior a nós, e por muitas vezes não vem de uma ideia pessoal, ela nos "arrasta" em um momento de euforia e/ou insatisfação e posteriormente pode nos trazer uma sensação de estranhamento pessoal, na qual não nos reconhecemos em nossas próprias ações.

Mariana Shieh Basotti - Direito Matutino 



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