Em uma realidade
globalizada é inegável a constante disseminação de padrões, de beleza,
comportamento, vestimenta e até mesmo alimentação, porém, as reflexões feitas
por Émile Durkheim no século XIX nos leva a constatar que a coercitividade social
não é um fenômeno novo e que nossa concepção de liberdade deve ser reavaliada.
Apesar de atemporal, o
fato social exposto conta com as inovações tecnológicas para entranhar suas raízes,
a indústria cultural e seus diversos instrumentos de comunicação, como a
internet, realizam um papel indispensável no que diz respeito à padronização. O
questionamento inicial é: “Somos livres
para agir?”. Como seres sociais, somos guiados por uma necessidade de
pertencimento e ainda que sem a nossa total consciência, passamos a agir sob
padrões coletivos.
Na visão Durkheimiana,
a indústria da propaganda nada mais é do que um forjador do ser social, ou
seja, age modelando os indivíduos e suas ações, que conscientemente, ou não, ressoam
na estrutura social. A dúvida passa a ser então “Como conquistar a liberdade?”, para o sociólogo, a liberdade é
elemento constitutivo de um padrão, nessa perspectiva, somos eternamente reféns
das nossas próprias ações.
Ainda que relutante,
quando levados a reconsiderar a ideia de que somos livres e refletir acerca da
causa eficiente que leva cada uma das pessoas a exercer suas personalidades
acabamos tentando definir o que é ou não padronizado, abrindo caminho para
novos padrões, assim voltamos ao início, sem respostas, entretanto, a teoria de
Émile ainda que instauradora de conflitos, é precisa ao recomendar que as
culturas não sejam compreendidas pelo que são, mas sim pelo o que podem
ser.
Victória Cosme Corrêa - 1º Ano Noturno.
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