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segunda-feira, 13 de maio de 2013




 Quase um mês depois de minha última postagem, retorno ao blog de maneira que não haja total cisão entre ela e esta, pois além de ter como força motriz os textos de Émile Durkheim, esta aborda o mesmo tema, o fato social, porém de modo mais específico.
 Lembro-me bem que usei como mote para meu texto anterior as propagandas da Coca-Cola e do Mc Donald’s , que serão agora esmiuçadas, de tal maneira que possamos visualizar a causa da coerção notória dessas propagandas.
 Motivado pelo texto “As regras do método sociológico”, prendo-me, sobretudo, a ideia de que a “função do fenômeno social é a manutenção da causa da qual deriva”, assim tomo o exemplo das propagandas novamente. São, sem dúvida, o fato social em si, os verbos “coma” e “beba” deixam isso bastante claro, mas são ,também, a causa primeira de existirem? Não, como já disse, essas propagandas são de duas gigantes do capitalismo, modo de produção que pode ser entendido como causa, já que é evidente que a ânsia de lucro visto nelas é decorrente de seu  ideário. Assim temos nossa primeira dupla causa/consequência do fato social, o modo de produção é a causa da propaganda que almeja vendas.

MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA->PROPAGANDA

Vou um pouco mais além, dentro do exemplo citado, a propaganda é a única coerção decorrente da ideologia capitalista? É evidente que não, há menos de um mês citei também o “boca a boca”, o “vamos comer um Mc Donald’s?”, “é o melhor lanche, com certeza.”. Mas há também a coerção proveniente da credibilidade de uma empresa de grandeza global, como também a coerção do conforto de ser atendido em tempo mínimo, e assim por diante...
 Isso acontece de forma que nosso par causa/consequência , seja na verdade um grupo circular, cujo centro é MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA, que leva as coerções  já citadas, de tal forma que o mantenham, tornando-o a “causa eficiente” dos fatos sociais.
 Assim, é impossível não lembrar da poesia concreta “Giro”, de Marcelo Moura, que contém várias palavras “giro”, iniciadas pela mesma letra G, que ocupa a posição do modo de produção em nossa análise.

                            Marcus Vinícius de Faria, Direito Noturno.

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