Quase um mês
depois de minha última postagem, retorno ao blog de maneira que não haja total
cisão entre ela e esta, pois além de ter como força motriz os textos de Émile
Durkheim, esta aborda o mesmo tema, o fato social, porém de modo mais
específico.
Lembro-me bem que usei como mote para meu texto anterior as propagandas da Coca-Cola e do Mc Donald’s , que serão agora esmiuçadas, de tal maneira que possamos visualizar a causa da coerção notória dessas propagandas.
Lembro-me bem que usei como mote para meu texto anterior as propagandas da Coca-Cola e do Mc Donald’s , que serão agora esmiuçadas, de tal maneira que possamos visualizar a causa da coerção notória dessas propagandas.
Motivado pelo
texto “As regras do método sociológico”, prendo-me, sobretudo, a ideia de que a
“função do fenômeno social é a manutenção da causa da qual deriva”, assim tomo
o exemplo das propagandas novamente. São, sem dúvida, o fato social em si, os
verbos “coma” e “beba” deixam isso bastante claro, mas são ,também, a causa
primeira de existirem? Não, como já disse, essas propagandas são de duas
gigantes do capitalismo, modo de produção que pode ser entendido como causa, já
que é evidente que a ânsia de lucro visto nelas é decorrente de seu ideário. Assim temos nossa primeira dupla causa/consequência
do fato social, o modo de produção é a causa da propaganda que almeja vendas.
MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA->PROPAGANDA
Vou um pouco mais além, dentro do exemplo citado, a
propaganda é a única coerção decorrente da ideologia capitalista? É evidente
que não, há menos de um mês citei também o “boca a boca”, o “vamos comer um Mc
Donald’s?”, “é o melhor lanche, com certeza.”. Mas há também a coerção
proveniente da credibilidade de uma empresa de grandeza global, como também a
coerção do conforto de ser atendido em tempo mínimo, e assim por diante...
Isso acontece de
forma que nosso par causa/consequência , seja na verdade um grupo circular,
cujo centro é MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA, que leva as coerções já citadas, de tal forma que o mantenham,
tornando-o a “causa eficiente” dos fatos sociais.
Assim, é
impossível não lembrar da poesia concreta “Giro”, de Marcelo Moura, que contém
várias palavras “giro”, iniciadas pela mesma letra G, que ocupa a posição do
modo de produção em nossa análise.
Marcus Vinícius de Faria, Direito Noturno.
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