Total de visualizações de página (desde out/2009)

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Solidariedade indiferente


Um mundo individualista e egocêntrico é carente de entender o que defendia Émile Durkheim. O filósofo afirmava em sua teoria de solidariedade a existência de duas vertentes, as quais são: solidariedade mecânica e solidariedade orgânica.
A solidariedade mecânica é aquela encontrada nas sociedades ditas primitivas, na qual as noções de valores eram as mesmas entre todos os indivíduos da tribo, pois devido a inexistência da divisão do trabalho havia uma facilidade de se empregar a coerção social e assim aplicar a consciência coletiva. Pode dizer que era uma sociedade mais “comunitária,” pois os seres humanos compartilhavam das mesmas crenças, em relação a que se vive a partir do desenvolvimento industrial. Pois as sociedades industriais criaram uma consciência individual maior no homem devido ao fato da divisão do trabalho e da percepção de existência de pessoas diferentes com valores diversos. Nessa sociedade considerada moderna diz-se ter a solidariedade orgânica.
Vive-se em um mundo no qual a consciência individual se sobressai à coletiva, isto é o oposto do defendido por Durkheim. Até que ponto isto é viável e saudável? Ou melhor, por que se considera que viver assim é o melhor jeito? As disputas por poder, por dinheiro, por fama e etc levaram o homem a um estado animalesco, não que disputas sejam ruins, pelo contrário elas são importantes. Mas a forma como o homem passou a encará-las que tornou negativa, pois o desejo pela vitória faz com que ele pense apenas no seu próprio benefício e ignora os problemas que o cerca. Já dizia Durkheim que a consciência da sociedade, a coletiva, não é a soma das consciências individuais, pois esta soma seria de interesses pessoais e a é necessário uma consciência que defenda um melhor pra o conjunto social.
Não é possível viver em uma bolha,  o homem é dependente do outro para que possa levar sua vida por isso quando se passa a olhar para o lado, para trás e para frente, parando de estar focalizado apenas no próprio umbigo é capaz de enxergar outros homens que juntos podem fazer mais pela sociedade do que esse individualismo frio que contaminou o globo e tornou o ser humano um ser indiferente.

Camila Gabriele Pereira de Faria
1º ano direito noturno



Nenhum comentário:

Postar um comentário