No atual modelo de sociedade
ocidentalizada e capitalista temos o mundo funcionando tal como uma máquina, de
maneira que cada individuo acaba por se tornar uma simples peça, podendo ser facilmente
substituído a qualquer instante. O trabalho tende a se transformar o centro de
toda sua vida, fazendo com que a vida pessoal e suas opiniões apenas orbitem em
torno de seu emprego. Mas será que todo esse sacrifício atrelado ao trabalho realmente
vale a pena? Vemos o crescimento do subemprego, vemos pessoas abrindo mão de
seus direitos e trabalhando horas seguidas em condições desumanas a custo de
quê? Essa massa trabalhadora recebe em troca de todo seu esforço um salário que
não corresponde ao que produz. Nesse ponto, podemos citar conceito de mais-valia
de Marx, que afirma que quem produz a riqueza é o proletário, porém quem a detém
é a classe dominante: a burguesia, uma minoria poderosa.
É evidente que o capitalismo não é um
sistema justo. Essa contradição decorrente da mais-valia gera sempre uma
desigualdade muito grande, onde uma minoria concentra sob si todo o lucro
enquanto a maioria padece do essencial. Obvio que em vários momentos esse
sistema se torna insustentável, justamente por causa dessa diferença entre
lucro e poder de compra da maioria. É nesse momento que surgem as crises, a
margem de lucro cresce constantemente enquanto o poder de consumo da massa está
em detrimento. Como exemplos não podemos deixar de citar a crise nas economias
industriais europeias que se iniciou em 1876 e a crise de 1929 nos Estados
Unidos.
Podemos concluir que sãs crises são inevitáveis
no sistema em que vivemos, por esse motivo as guerras acabam surgindo, sendo
vistas por muitos como um mal necessário, uma vez que absorvem toda mão de obra
desempregada e assim elimina essa grande massa excluída. Aí fica claro o quanto
a vida humana se torna descartável no capitalismo, as pessoas se tornam coisas,
produtos que quando não são mais uteis podem ser jogados fora.
Érika Luiza Xavier Maia- 1° ano Direito Noturno
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