A dialética ascendente de Marx
expurgou os idealismos hegelianos
e religiosos do espectro que circundava a Alemanha e
proporcionou a dialética hodierna
entre os marxistas e os marxizantes.
Os primeiros, alçando o autor num
pedestal, evangelizaram seu nome e suas ideias,
petrificaram-nas
e sem qualquer manutenção foram
dadas, às hóstias, por infindos redutos que
trancafiados em séculos de
conhecimento
não os adequam à realidade.
Ignorando a própria expressão de
Marx quando lhe coube a frase
“(...) a realidade deve
igualmente compelir ao pensamento.”,
discípulos marxistas,
mesmo escutando horas à fio da
rebelião de seu timoneiro contra as religiões,
ópio do povo, segundo ele,
agora dão a ela uma nova roupagem
com sua ideologia.
Travestidos marxistas, fanáticos
religiosos.
Mais uma vez, quando Marx expõe o
êxito da reforma luterana:
“não se tratava (...) da luta do
leigo com o padre fora dele, mas da luta contra o seu próprio padre interior”,
contemporiza-se em seus
discípulos atuais.
A petrificação de uma ideia e
a germinação de uma ideologia,
possibilitam que a transposição
do ideário para a realidade não se faça.
A luta, então, por hora, é o
desenraizamento,
é a briga de cada marxista
atuante contra seu próprio interior.
Por fim, aos marxizantes,
os quais souberam amalgamar Marx,
unam-se.
A revolução só se dá pra quem se
deu!
Leonardo Henrique de Oliveira Castigioni
1º Ano Direito - Noturno
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