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segunda-feira, 11 de setembro de 2017

A adaptação do velho sistema capitalista

            As ideias de Marx e Engels são a prova viva de que uma estrutura social e seus problemas podem perdurar por centenas de anos, apenas arrumando uma forma de subsistência e adaptação. Não é por terem sido elaboradas em 1848 que as visões dos dois filósofos não se encaixam na atualidade; muito pelo contrário. A exploração, a desigualdade, a luta de classes e todas as adversidades da sociedade capitalista continuam nos assombrando até os dias mais recentes. Pode-se notar como as críticas marxistas podem ser feitas nos dias de hoje quando paramos para observar a atual relação entre patrão-empregado. Obviamente, essa relação não é igual, em sua forma, comparado aos tempos mais remotos; hoje, o funcionário pode se valer dos seus direitos trabalhistas legais para garantir suas maiores condições de trabalho, férias, salário mínimo, entre outros. No entanto, a essência dessa relação não se modificou tanto assim; o patrão continua sendo o agente explorador, que trabalha menos e ganha mais, que usufrui de tudo aquilo que a classe operária produz. A ideia da mais-valia permanece viva no nosso sistema, como por exemplo na produção de um smartphone de alta tecnologia, onde procura-se baratear toda a produção e, no final, vender o produto por um preço extremamente alto, a ponto de que poucos conseguem consumi-lo, nem mesmo aqueles que o produziram.

            Além da disparidade da relação patrão-empregado, verifica-se ainda a forte crítica à desigualdade como um todo; ela está presente nas mais diversas esferas da nossa sociedade: econômica, social, cultural, política. Poucos que têm muito, muitos que têm pouco. A realidade do sistema capitalista é muito mais dura do que se pode imaginar. A exploração vai além do que nossos olhos, principalmente de um lugar privilegiado, podem enxergar; a pobreza, vista de um lar aconchegante e com muita fartura na mesa, é difícil de enxergar; a desigualdade e segregação, vista de um condomínio fechado de classe média, é difícil de enxergar. Entretanto, as obscuridades desse sistema continuam aqui, existindo e encontrando forças em cima da miséria e exploração alheia.

Kelly Akemi Isikawa - 1º ano/diurno 

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