Total de visualizações de página (desde out/2009)

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

A atualidade de Marx e a necessidade de mudança

Karl Marx, um dos filósofos mais importantes para se entender as relações de produção em sua origem. Já fazem mais de 200 anos desde a publicação de sua obra mais complexa, O capital. Na qual desnuda as minúcias do funcionamento da economia capitalista na gênese. Muito tempo se passou desde então, a sociedade se complexificou, já não mais se dividindo apenas em proletariado e burguesia, também entraram no bolo, questões que não existiam no tempo de Marx, como a tecnologia avançada empregada na produção. Apesar dessa mudança, ele conseguiu desnudar o cerne do problema de distribuição de renda, ligado diretamente ao fato de uns possuírem os meios de produção e outros trabalharem para os que possuem. Essa divisão, permite aos donos que contratem funcionários e paguem o mínimo possível para a sua sobrevivência e continuidade na produção, de modo a maximizar os lucros do patrão. Com o advento dos sindicatos, os trabalhadores ganharam alguma força para barganhar, graças a conscientização da força de sua classe, residindo na capacidade de parar a produção e consequentemente a circulação de mercadorias e os lucros do burguês. Os detentores do capital, possuem além de tudo, grande influência política, fato que permanece até os dias de hoje. Vemos grandes empresários sonegando milhões de reais todos os dias, sendo um dos crimes mais praticados em nosso país, mas não vemos as punições adequadas. Isso porque a elite política e econômica, quando não são as mesmas, estão consubstanciadas. Em "o manifesto comunista", Marx com ajuda de Engels, escreve uma espécie de "receita de bolo" de como seria a transição do modo de produção capitalista, para o socialista, e esboça alguns detalhes de como seria a sociedade socialista. Suas previsões falharam, e com a queda do socialismo na antiga URSS, fica cada vez mais difícil acreditar que a mudança virá sob esses métodos. Mas diante da conjuntura atual de aumento da desigualdade, austeridade fiscal, reformas trabalhista e previdenciária, sua análise do antagonismo das classes sociais permanece válida, a história mostra que as mudanças por vias institucionais não se perpetuam, justamente por não interessar a classe dominante econômica e politica. Muitos argumentam que o socialismo falhou, e na prática, realmente falhou. A grande questão é: O capitalismo triunfou? Pra quem? Possuímos a capacidade tecnológica de alimentar 10 bilhões de seres humanos, no entanto, 1 bilhão de nossos semelhantes passa FOME. Isso não me parece característica de um sistema que está dando certo. Se o socialismo não é a alternativa, o capitalismo também não se mostra como tal, a não ser para encher o bolso do 1% enquanto 90% vive com o básico para comer. Além da questão humana, temos também a ambiental, nosso planeta não vai aguentar mais 100 anos nesse ritmo de produção de lixo e poluição, não sem dar sinais claros de exaustão e com consequências possivelmente irreversíveis. Cabe a nós e as próximas gerações a discussão e prática de mudança, pois do jeito que as coisas seguem o fim parece trágico.

Manollo Sedano de Oliveira - 1ºano Noturno

Nenhum comentário:

Postar um comentário