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domingo, 17 de abril de 2016



Um passo para o rompimento dos lugares sociais
           
            O filósofo francês Comte criou uma teoria que seria instrumento para o avanço intelectual do homem, em detrimento das especulações teológicas e metafísicas, conhecida por filosofia positiva.
            Comte propõe a criação de uma nova ciência, a sociologia, cujo intuito seria estudar a complexidade da sociedade. Esta ciência seria dividida em estática e dinâmica social. A primeira, estuda as condições intrínsecas da sociedade, representada pela ordem, pela disciplina. Já a segunda, investiga os aspectos do progressivo desenvolvimento da sociedade, representada pelo progresso.
            O progresso provém da ordem. Um exemplo desta é a manutenção dos lugares sociais. Tal como foi feito na década de 30 e 40 no Brasil, com as respectivas criações da USP e do SENAI e SENAC. A universidade representando a classe intelectual, e as escolas técnicas, o trabalho braçal que será formado. A tentativa de manter o status quo é o real motivo de tais medidas.
            Em um passado mais recente, a criação de programas de financiamento estudantil, como o PROUNI e as cotas, como ação afirmativa, têm tentado romper com o positivismo inerente na sociedade brasileira.
Pequenos passos que podem iniciar um processo de mudança nesta ordem. Isso incomoda àqueles que têm seus espaços sociais invadidos ou não têm mais exclusividade de possuir certos bens materiais. Cabe a cada um questionar se essa quebra de ordem não representará um “progresso”.
           

Flávia Oliveira Ribeiro

1o ano - Direito matutino

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