Auguste Comte
foi um filósofo francês que entre suas realizações está a fundação da
sociologia e a criação da filosofia positivista. Em seu livro “Curso
de filosofia positiva” Comte revela sua concepção filosófica em relação ao
entendimento do mundo por parte dos homens e nos guia através da filosofia positiva para o
verdadeiro estado definitivo da inteligência humana. Dividindo
a evolução das
concepções intelectuais da humanidade em três estados teóricos: o estado
teológico, o estado metafísico e o estado positivo. Ele afirma que estes dois
primeiros estados, que concebem
os fenômenos como produzidos pela ação direta e contínua de agentes
sobrenaturais e forças abstratas, foram necessários apenas como degraus para
chegar ao seu estado perfeito, o estado positivo. Este é para Comte, a forma de
pensamento ideal, que baseia-se no reconhecimento da impossibilidade de obter
noções absolutas, renunciando-se assim a procura da origem e o destino do
universo e a conhecer as causas íntimas dos fenômenos, para se dedicar apenas a
descoberta, pelo uso bem combinado do raciocínio e da observação e das suas
leis efetivas, negando assim consequentemente, toda forma diferente de conhecimento.
Ademais, o positivismo de Comte valoriza a atividade econômica, produtora de
bens materiais através do trabalho como modo de manutenção da moral e da
sociedade. Estas são a base do pensamento positivista.
Atualmente existe uma forte presença do
pensamento positivista na sociedade, e deste modo, devido à presença do
positivismo no alicerce do pensamento contemporâneo, a ciência sofre perdas
através de sua limitação e a sociedade apresenta uma crise de valores. Isto porque
o positivismo defende que só a ciência pode satisfazer a nossa necessidade de
conhecimento, entretanto este pensamento limita o progresso do
conhecimento, que nos últimos anos, principalmente nas áreas filosóficas, vem
se desenvolvendo através de teorias e argumentos abstratos e de conhecimentos
populares. Como por exemplo a teoria das cordas ou o estudo do conhecimento indígena.
Já em relação as atuais prioridades da sociedade, a valorização da produção
econômica, herança do positivismo, tira de foco o pensamento no homem e o
coloca nos bens materiais. Deste modo, vivemos uma crise social, em que os
homens vivem em um ambiente cada vez mais competitivo, solitário e em que a
produção é colocada acima do bem estar do indivíduo. Assim, é necessário rever
os valores positivistas presentes em nosso sociedade atual, para assim podermos
progredir intelectualmente sem limitações e discernir com maior facilidade os
valores que guiarão a sociedade.
Guilherme Soares Chinelatto - 1º ano direito (noturno)
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