Augusto Comte preconiza uma teoria pautada no positivismo,
no qual a evolução humana é dada pelo progresso e desenvolvimento do
conhecimento e também que a ordem é uma base para o progresso como fim. Para
ele, as leis gerais da sociedade se baseiam nas leis lógicas dos fenômenos,
sendo elas a “estática” e a “dinâmica”. A primeira se refere a ordem da
sociedade, a aptidão para agir e a segunda a estrutura do progresso, a marcha
para desenvolvimento. Sendo nesse sentido a ordem um alcance para o progresso.
A partir disso, é possível analisar a ordem e as rupturas dentro de alguns
movimentos sociais.
Existem muitas pessoas que defendem ainda hoje a filosofia
positiva, e a presença natural da ordem para o alcance de um progresso, e
principalmente a ideia do trabalho como honra, uma vez que o positivismo o
reforça. Assim em muitas situações históricas, principalmente após a revolução
industrial, o proletário era submetido ao poder de seu dominante em vista que
se quisesse mudar suas condições de trabalho estaria interferindo na ordem.
Entretanto, é preciso analisar a conjuntura histórica para
perceber que movimentos sociais, que quebraram essa estática, também alcançaram
o progresso. O movimento feminista, por exemplo, busca a igualdade entre os
sexos, e foi responsável, ao longo da história, por diversas conquistas das
mulheres, como o direito ao voto. Outro exemplo é o fim do Apartheid na África
do Sul, onde Nelson Mandela junto ao seu povo conseguiu pôr fim a um regime
violento de décadas contra os negros.
Sendo assim, tendo em vista que as necessidades sociais se
alteram ao longo do tempo, é preciso analisar, a partir de movimentos sociais, que
não apenas a ordem fundamenta o progresso, como na visão positivista, mas também
que rupturas de uma determinada estática podem levar ao desenvolvimento humano.
Gabriela Guesso Pereira
1º ano Direito diurno
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