Precursor do pensamento
positivista, sendo seu principal expoente, Auguste Comte sistematizou os princípios
da corrente filosófica, enxergando as relações sociais em suas vinculações.
Preconizando uma corrente de pensamento que visava promover uma radiografia
sistêmica da sociedade, ante mesmo aos indivíduos, Comte tornou inteligíveis as
variações às quais esta sociedade está suscetível.
Em determinada passagem
de sua obra, Auguste Comte ressalta como um dos pontos para se atingir o Estado
Positivo a necessidade de se implementar uma reforma na educação, com o intuito
de romper com o isolamento das ciências. Apesar de breve, tal observação serve
com substrato para algumas avaliações acerca do arranjo educacional brasileiro
atual.
Inicialmente, pode-se
destacar o fato de a educação brasileira, sobretudo o ensino de base, ser
extremamente engessada, ocorrendo um estudo das ciências que pouco se
relacionam entre si. A demasiada tecnicidade da educação torna obscura a
aplicação das ciências, arregimentando uma estrutura viciosa de ensino.
Essa perspectiva é potencializada ainda pelo
sistema do vestibular, que atua como um filtro social, e vale-se de uma forma
de avaliação pouco efetiva, priorizando conhecimentos incipientes, em
detrimento de uma formação crítica do educando.
Dessa forma, percebe-se
que, embora o pensamento positivista tenha contribuído para o fortalecimento
das ciências, ao considerar sua influência na educação nacional, um fenômeno
inverso emerge, na medida em que o conhecimento encontra-se encaixotado e inibe
a possibilidade de os indivíduos promoverem uma análise rigorosa da sociedade
em que estão inseridos.
Paulo Henrique Soares de Lacerda - 1 Ano Direito - Diurno.
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